Louvores

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

A COLOSSAL DESCULTURA BÍBLICA DA CULTURA RACIONAL



Por Johny Mange

1 - Seu fundador

         Manoel Jacintho Coelho é o fundador da Cultura Racional. Ele nasceu em 30 dez. 1903, no Bairro da Tijuca - Rio de Janeiro (RJ). Faleceu em 1991, consequentemente, fez a seita perder um pouco de projeção. Mesmo assim, Manoel Jacintho é considerado "o deus na terra" pelos adeptos da Cultura Racional: "O que quer dizer Manoel? Manoel, em hebraico, quer dizer: "Deus está na Terra". e em outras línguas quer dizer: 'O Salvador'" (Universo em Desencanto, 55.98).
          Os seguidores da seita Cultura Racional acreditam que Manoel Jacintho Coelho não nasceu, mas "um corpo de massa cósmica que ao longe parecia uma estrela, e que, depois de penetrar as paredes, entrou no corpo de um bebê que nascia naquele instante [...] 32 anos depois confirmava seus dotes cósmicos [...] numa obra de 21 volumes, a coleção intitulada Universo em Desencanto" (Universo em Desencanto - 8/894.249; Jornal Racional 11/dez./84; Jornal Racional - 9/85).


Resposta Bíblica. Quem ofereceu a "divinização" ao homem foi Satanás, incorporado na serpente, ao dizer: "sereis como Deus" (Gn 3.5). Deus não é o homem (Nm 23.19), e o homem não é Deus (Ez 28.2). A Bíblia diz: "Antes de mim nenhum deus se formou, e depois de mim nenhum haverá" (Is 43.10). Todos os seres humanos nascem naturalmente. É sabido que o Altíssimo contempla passo a passo a gestação, a feitura dos ossos e o desenvolver do embrião (Sl 139.14-18). Nesse ínterim, no útero materno, põe a alma e o espírito dentro do corpo humano que está sendo concebido (Sl 42.5,6; Zc 12.1). Logo, não é estrela que desce num bebê, que atravessa a parede... Isso é balela. E, como tal, deve ser combatida. O ser humano nasce naturalmente (Jó 3.3; Sl 128.3,6), pois até mesmo Deus, embora por obra e graça do Espírito Santo (Mt 1.18-20; Jo 1.14), nasceu naturalmente de Maria (Lc 2.7).


2 - Características da Cultura Racional

              O livro Desmascarando as Seitas atesta:

         Os adeptos usam roupagem toda branca (calça e camiseta) com o símbolo do grupo (um portal) e postam-se nas esquinas e praças com cavaletes, onde expõem a origem do mundo, conforme consta nos livros Universo em Desencanto. Andam normalmente em grupo, com instrumentos musicais, denominando-se caravaneiros; seu período de trabalho é quase sempre aos domingos pela manhã.

Resposta Bíblica. Não adianta os adeptos da Cultura Racional usarem roupas brancas, pois as vestes brancas das quais falam a Bíblia, são aquelas "lavadas no sangue do Cordeiro" (Ap 22.14). A roupagem da alma deve estar lavada no sangue de Jesus em todo o tempo (Ec 9.8). Só nesse sangue somos remidos e salvos (Mt 26.28). Diferentemente das crenças da seita espírita Cultura Racional.


3 - A evolução do planeta Terra

          O médium Manoel J. Coelho afirma que o globo terrestre se deriva dum mundo racional superior, espíritos evoluídos; todavia, sofreu deformações e a degeneração humana. É preciso que, nesses dias, o homem se volte para a cultura de outra esfera e de outra planície, quer dizer, para Cultura Racional, pois, após 1935, o pensamento (fator de equilíbrio) se acabou, fazendo a Terra parar e mergulhar em estado de convulsão e violência.
            Em síntese, Manoel Jacintho entende a evolução do nosso planeta nos seguintes termos:

"O princípio foi de monstros,
De monstros para selvagens,
De selvagens para bicho racional,
De bicho racional para animal racional,
De animal racional para ser humano,
De ser humano para aparelho racional,
De aparelho racional para racional,
De racional passam para o grau de supremacia racional,
Do grau de supremacia racional
Passam para racional puro, limpo e perfeito
No seu verdadeiro mundo de origem."

(Jornal Racional, ano 2, março de 1979, n.º 21, 4.ª capa).

Resposta Bíblica. Os animais foram criados "cada um segundo a sua espécie" (Gn 1.24,25) - o que impede a evolução entre as espécies. Há apoio para esse pensamento bíblico nas duas leis da termodinâmica. A 1.ª Lei salienta sobre a conservação de energia, que pode ser convertida de uma forma em outra, mas nunca pode ser destruída. A 2.ª Lei, que rege a queda de energia, estabelece o princípio de entropia: em qualquer mudança física a energia diminui constantemente em utilidade, tendo um estágio final de completo acaso de indisponibilidade. Essa queda é o argumento contra a evolução das espécies, uma vez que apresenta umainvolução.
             O Senhor criou o homem perfeito (Ec 7.29) como Sua imagem e semelhança (Tg 3.9; Gn 1.26,27), e lhe entregou o livre-arbítrio, o que o fez pecar por vontade própria contrária à ordenança do Altíssimo (Gn 3.1-8; 1Tm 2.13,14).
           Nem a Terra nem o homem evoluíram. O universo foi criado por Deus (Gn 1.1; Ap 4.10,11; Sl 104.30) em estado perfeito (Sl 90.2; Gn 1.31). Foi o pecado do homem que fez o homem em degeneração (Gn 3.16-18). Logo, toda a humanidade caiu em transgressão (Rm 3.23; Rm 11.32); todavia, o Todo-Poderoso já havia preparado um plano de salvação para o pecador (Ap 13.8). Cristo veio ao mundo a fito de remir e salvar a humanidade (1Pd 2.24; 2Co 5.19-21). Aleluia, o Senhor salva a todo pecador! Salvação! Salvação! [...] Salvação e Redenção!(HC 117).

4 - O falso ensino das transmutações do homem

             Para Cultura Racional, aqueles que rejeitarem o Universo em Desencanto, seus ensinos, folhetos e modus vivendi, será reduzido à degradação, por não raciocinar conforme orienta suas obras.

" - Daqui (ser humano) se transforma para a classe inferior que é a do irracional. Transmuta-se numa infinidade de classes de macaco;
- de macaco já se transforma em outra classe - um cachorro;
- de cachorro já se transforma em outra classe - de cobras;
- de cobras já se transforma em jacaré;
- de jacaré já se transforma em porco;
- de porco já se transforma em sapo;
- de sapo já se transforma em burro;
- de burro já se transforma num boi;
- de um boi já se transforma em carrapato;
- de carrapato já se transforma em barata;
- de barata já se transforma num rato
;- de rato se transforma numa mosca;
- de uma mosca já se transforma em urubu;
- de urubu se transforma em lesma;
- de lesma se transforma galinha;
- de galinha já se transforma em minhoca;
- de minhoca já se transforma em borboleta;
- de borboleta se transforma em javali;
- de javali se transforma em gambá;
- de gambá se transforma em porco-espinho;
- de porco-espinho se transforma numa onça".

Resposta Bíblica:

a) Nada de cultura e nada de racional. Confrontando à luz da Palavra de Deus tais ensinamentos, compreende-se que tudo isso não é cultura, nem tampouco ciência. Por conseguinte, a seita de Manoel Jacintho não é cultural, nem é racional; no entanto, é descultural, e é irracional. O Evangelho de Cristo é cultura (1Pd 3.15; 2Pd 3.18; Jr 9.23,24), igualmente estimula o crente a raciocinar (Rm 12.1,2). O Criador ordena ao ser humano: Vinde então, e argui-me, diz o SENHOR(Is 1.18). Arguir é "examinar, provar, tirar como consequência, inferir, deduzir, concluir". A Cultura Racional não pode, de modo algum, pedir tal exame, uma vez que dará um tiro no próprio pé!...

b) Homem: coroa da criação. O homem é a imagem e semelhança de Deus (Tg 3.9; Gn 1.26,27) e foi posto como coroa da criação (Sl 8.5), tendo tudo debaixo de Sol debaixo de seus pés, a fito de cuidar consoante a ordem do Todo-Poderoso (cf. Sl 8.6-9). Tu o fizeste um pouco menor do que os anjos, De glória e de honra o coroaste, E o constituíste sobre as obras de tuas mãos. Todas as coisas lhe sujeitaste debaixo dos pés. Ora, visto que lhe sujeitou todas as coisas, nada deixou que lhe não esteja sujeito. Mas agora ainda não vemos que todas as coisas lhe estejam sujeitas (Hb 2.7,8). Os homens não podem se rebaixar à degradação de animais.

c) Jesus mostrou a diferença entre os homens e os animais: Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas? (Mt 6.26). Os animais não receberam o "homem interior" - a alma e o espírito (Rm 7.22; Hb 4.12), que sobrevivem à morte (Ec 3.19-21 comp. cap. 12.7; Mt 10.28; Gn 2.7). O Senhor pôs a eternidade no coração do homem (Ec 3.11, Tradução Brasileira).

d) O homem não evolui. O ser humano não é transmutável, como apregoa a Cultura Racional. Diz Myer Pearlman em sua obra "Conhecendo as Doutrinas da Bíblia": Há um abismo intransponível entre os irracionais e o homem [...] Nenhum animal usa ferramentas, acende fogo, emprega linguagem articulada, ou tem capacidade de conhecer as coisas espirituais. Mas todas essas coisas encontram-se na forma mais inferior de vida humana [...] O Dr. Etheridge, examinador do Museu Britânico, disse: "Em todo este grande museu não há uma partícula de evidência da transmutação das espécies. Este museu está cheio de provas da falsidade dessas ideias". As Leis da Termodinâmica, citadas neste estudo, semelhantemente tira a máscara da evolução do homem. Há uma diferença muito grande entre os homens e os animais (1Co 15.38,39). O Altíssimo pôs uma barreira nas espécies, quando disse: "cada um segundo a sua espécie" (Gn 1.24,25). O que degrada a humanidade é o pecado (Rm 6.23), contudo, Cristo é o "Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" (Jo 1.29).



5 - A salvação dentro da Cultura Racional


            Crê a Cultura Racional que a salvação é pelo conhecimento dos livros da seita, como Universo em Desencanto, o que imunizará o cérebro dos males presentes. É dito: O Centro Divino, oculto dentro da cabeça de cada indivíduo em contato com o mundo de onde ele veio, que sempre afligiu a humanidade: a sua origem - de onde viemos e como voltar para lá (Jornal Racional - 1/86, pág. 4). O raciocínio é o ponto vital da vida eterna. Nele estão todos os recursos para a solução das causas do sofrimento da humanidade (Jornal Racional - 11, 12/82, pág. 26).

Resposta Bíblica. A Bíblia não apresenta a salvação por meio do desenvolvimento do cérebro ou do ato de raciocinar; isso é um absurdo. Jesus asseverou: Se vos falei de coisas terrestres, e não crestes, como crereis, se vos falar das celestiais? (Jo 3.12). Isso porque a salvação era um plano oculto do Deus Altíssimo, cujo se revelou na Pessoa de Cristo Jesus, o Salvador desde o nascimento, que consumou tal plano pelo ser humano no Calvário (Ef 3.8-21; Mt 11.25-27; Lc 2.11; Mt 1.21; Jo 19.30). Não há salvação a não ser em Jesus (At 4.12; Jo 10.9). O conhecimento, o raciocínio, a sabedoria, o arrazoado não salvam de maneira alguma (1Co 1.25-29); porém, conhecer o único e verdadeiro Deus e a Jesus Cristo, Seu enviado, isso, sim, resulta na vida eterna (Jo 17.3).


6 - A intimidade com Discos Voadores na Cultura Racional

        Em seus trabalhos de proselitismo, a Cultura Racional demonstra grande envolvimento com espaçonaves, extraterrestres, discos voadores. Por conseguinte, também os cita em seus programas radiofônicos e em seus folhetos, distribuídos em praças e logradouros, como é visto na Praça Patriarca, no Viaduto do Chá e em frente ao Teatro Municipal, em São Paulo.

Bem-aventurado estes OVNIs [objetos voadores não identificados],Perfeitas energias do Consciente Supremo, cuja pureza não fará pairar nenhuma dúvida sobre o resgaste das sementes deformadas, pois é chegado o tempo de curar a lesão responsável pela amnésia e a inconsciência dos entes para com sua Base de Origem(Jornal Racional - 9/78, pág. 11).

É só desenvolvendo o Raciocínio que a humanidade pode entrar em contato com esses seres do mundo racional, que muitos tratam de discos voadores [...] nesses livros todos entrarão em contato com eles, pelo desenvolvimento do raciocínio (Jornal Racional - 11, 12/82).

Resposta Bíblica. As Santas Escrituras afirmam que "os mundos foram criados pela Palavra de Deus" (Hb 11.3); logo, é vista a existência de outros mundos. Entretanto, é incabível dizer que tais mundos são habitados. Somente o planeta Terra é habitado (Is 45.12; Is 42.5). Quando a Bíblia se refere ao mundo, em grego, oikoumene - isto é, "a terra habitada", mostra que somente um recebe habitantes, que é o nosso planeta (Sl 24.1; Gn 2.15; Mt 24.14). Haja vista: Porque, pergunta agora aos tempos passados, que te precederam desde o dia em que Deus criou o homem sobre a terra, desde uma extremidade do céu até à outra, se sucedeu jamais cousa tão grande como esta, ou se se ouviu cousa como esta? (Dt 4.32).
              A Nasa (sigla inglesa de National Aeronautics and Space Administration - Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço), que é a agência do governo norte-americano responsável pela exploração não militar do espaço e pesquisas relacionadas, tem cerca de 63 mil documentos que comprovam as aparições de óvnis (objetos ou fenômenos que se observam na atmosfera, de natureza desconhecida, misteriosa ou não reconhecida pelas testemunhas). Caso um óvni viesse da Galáxia mais próxima da Terra, viajando na velocidade da luz, levaria cerca de 2 milhões de anos para chegar.
             Mas, afinal, o que será isso, se somente a Terra, segundo a Bíblia, é habitada? Apegando-se ao depoimento dos próprios cientistas da Nasa, trata-se de algo pertencente a outra dimensão. Isso demonstra a impossibilidade de ser humanos, ou pessoas como nós, já que está fora de nosso alcance. Por conseguinte, o quartel-general de Satanás está nos ares (Ef 2.2; Ef 6.12). Tais fenômenos estão ligados ao Adversário e os demônios, que são as potestades do ar. A palavra "potestade", em grego, é exousia, e "ar" é aer, no grego, significando "império de espíritos maus na atmosfera, andando em volta da Terra: Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência (Ef 2.2). Os demônios estão nas regiões celestiais (Ef 6.12). Em suma, são sinais diabólicos para prenderem os homens em fenômenos não arrimados na Palavra de Deus, nas quais passarão a crer, e hão de deixar a fé veraz no verdadeiro Deus e no sacrifício do Senhor (2Ts 2.9-11; Dt 13.1-5; Hb 11.1,2,6; Mc 11.22).


7 - O Jesus da Cultura Racional não é o mesmo da Bíblia

             Disse Manoel Jacintho Coelho: Quem foi o Cristo, o que é que o senhor me diz de Cristo? Como a Cultura Racional vê Cristo? Cristo foi um filósofo do seu tempo, igual a uma infinidade de filósofos que existiram em nosso mundo, como Buda, Alá, Maomé, como Jeová e tantos outros. Cada um criou sua filosofia diferente das outras.

Resposta Bíblica. Quem é o Cristo? O Filho de Deus, descido dos Céus, porque saiu do Seio do próprio Deus (Mt 16.15-17; Jo 16.27). É o próprio Deus feito carne a fim de salvar e justificar o pecador (Jo 1.14; Rm 3.24). Não é um filósofo, mas a própria sabedoria divina, sem começo nem fim, pois é eterno por natureza (1Co 1.24; 2.7,8; Mq 5.2; Hb 13.8).
            Nem é Buda, visto que a palavra Buda é de origem sânscrita e significa o Iluminado. O termo Buda não é um título, nem um nome próprio, mas "aquele que sabe ou foi despertado, que alcançou a iluminação e um nível superior de entendimento". Todavia, Cristo é a própria Luz do Mundo; aquele que está em Jesus não esta em trevas, porém possui a Luz da Vida (Jo 8.12). Ele revela a Sua vontade em Sua Palavra, que é a verdade (Jo 17.17); decerto ilumina os olhos dos entendimentos dos homens para que compreendem a Sua vontade (Ef 1.17-19). Isso faz o homem alcançar de imediato o título de "filho de Deus" (Jo 1.12) e coerdeiro da herança eterna no Céu (Rm 8.16-18). Portanto, ao aceita-Lo, torna-se testemunha do Senhor Jesus (At 1.8), refletindo a glória celestial (Mt 5.16).
              Jesus não é "Alá", nome do deus do Islamismo que, mesmo na crença islâmica, nunca esteve na Terra! Em contraste a isso, Jesus - verdadeiro Deus (1Jo 5.20; Rm 9.5) - esteve na Terra em forma de homem, para viver, sofrer, morrer e ressurgir da sepultura, conferindo-lhe a eterna salvação (1Jo 4.1-3; 1Tm 3.16; Is 53.2-12).
        No que concerne a Jeová (SENHOR nas versões portuguesas da Escritura), é um nome polissêmico, quer dizer, aplicável às Três Pessoas da Trindade Divina (Mt 28.19 comp. Sl 83.18; Jr 23.5,6; Jz 15.14 comp. Jz 16.20,28).
           Jesus é o Salvador dos homens (Jo 14.6; At 4.12). Sem Ele não há salvação, pois é a "eterna causa de salvação" (Hb 5.9). Quem crer em outro Jesus - como no "jesus" da Cultura Racional - sofrerá o dano da segunda morte (2Co 11.4; Jo 8.24; Jo 12.47,48).


8 - Cultura Racional - seita espírita

          Afirmação que revela a origem do Universo em Desencanto: A Umbanda não parou - aqui [no Universo em Desencanto] está a continuação da Umbanda e de todo o universo espiritual.
             
             Esse conhecimento da Cultura Racional nasceu Umbanda. É continuação da Umbanda e de todo o espiritismo filosófico e científico e de toda a ciência filosófica e científica... (Jornal Racional - 9/85).

Resposta Bíblica. Como se revela uma seita espírita continuadora da Umbanda, a Santa Escritura condena veementemente toda sorte de espiritismo. Dentre os quais:

a) a reencarnação é condenada pela Bíblia (Hb 9.27; Jo 5.23-25; Sl 78.39; Jo 9.1-3);

b) Toda espécie de espiritismo, magia, mediunidade ou feitiçaria é classificado como obra de demônios pelo Deus Altíssimo (Dt 18.9-14; Lv 19.31);

c) Toda sorte de adivinhação o Senhor rechaça tremendamente:

* necromancia - adivinhação ou comunicação por meio dos mortos (Is 8.19,20; 1Tm 4.1);
* rabdomancia - adivinhação através de varas ou madeiras (Os 4.12);
* hepatoscopia - adivinhação por meio do fígado (Ez 21.21);
* hidromancia - adivinhação por meio da água (Gn 44.5);
* astrologia - adivinhação através dos astros (2Rs 23.2-6).
             Enfim, o adivinhador é usado por um demônio (At 16.16); conseguintemente, o Senhor da Glória não compactua com nenhuma forma de adivinhação (Lv 20.27).

d) O fim dos espíritas é a condenação eterna (Ap 22.15), caso não se arrependam (Lc 13.3). Ainda que os espíritas neguem o inferno, Cristo, em seus ensinos, falou mais do inferno do que no céu! Reflita nisso.


Bibliografia

RINALDI, N.; ROMEIRO, P. Desmascarando as Seitas. 8.ª ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, pp. 41-56.

LEITE FILHO, T. G. Resistindo à Tempestade das Seitas. Goiânia: Editora Renascer, 2002, pp. 239-243.

PEARLMAN, M. Conhecendo as Doutrinas da Bíblia. 28.ª impressão. São Paulo: Vida, 1999, pp. 69,70.



quarta-feira, 14 de outubro de 2015

O LOGOS DIVINO
(João 1.1-14)





Por Johny Mange


1. A revelação do Verbo

          1. No princípio era o Verbo... Tal expressão nos remete a Gênesis 1.1, que registra: “No princípio criou Deus os céus e a terra”.


           2. E o Verbo estava com Deus... Na época da criação é indispensável saber que Cristo já estava lá. Logo, é-nos mostrada a eternidade de Cristo. Se Ele é eterno, consequentemente, é imortal, é imutável, é inalterável e não está sujeito ao tempo e às estações (1Tm 1.17; Hb 1.11,12; 13.8; Jd v.25). Também o evangelista João salienta a comunhão entre a  Pessoa do Pai e a Pessoa do Filho. Ambos já operavam unidos na mesma glória, essência e majestade antes de o mundo existir. Isto é um golpe fatal na teologia unicista. Unicismo é a doutrina a qual diz que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são três títulos da Pessoa de Jesus, e não Três Pessoas distintas. Fazem parte dessa doutrina a Igreja Voz da Verdade (que tem um conjunto que leva o mesmo nome), o Tabernáculo da Fé, a Igreja Local de Witness Lee. Veja: “estava com Deus” – “Deus” nesta passagem refere-se ao Pai, e o texto mostra ser uma Pessoa distinta do Verbo. Veja mais a respeito da distinção das Pessoas nestas passagens: Mateus 3.16,17; cap 12.32; Atos 10.38; João 14.16; cap. 8.17-19;


           3. E o Verbo era Deus... Declaração que tem por finalidade manifestar que o Verbo é Deus pleno e absoluto. Veja também 1 João 5.20. Verbo corresponde à locução grega Logos e pode ser traduzido por Palavra. É uma expressão filosófica que quer dizer “razão”. É a expressão e o meio de comunicação da vontade, e não há equivalente na linguagem moderna. João, ao empregar esse termo estava mostrando, de maneira clara, a Deidade Absoluta de Cristo, uma vez que os gregos conheciam o significado desse vocábulo na filosofia grega pré-socrática, que seria o “princípio que rege e desenvolve o universo”, a “a dominação do mundo por uma inteligência universal”. Já no judaísmo bíblico, é a Palavra de Deus, que em si mesma tem um poder criativo e é o meio de Deus de se comunicar com o homem. Desta forma, para os judeus e gentios “é o ponto de partida de todas as coisas”, “é uma forma de se referir ao Deus Verdadeiro”. Jesus possui a mesma natureza que o Pai possui! Toda fonte de glória está expressa na Pessoa do Filho!


2. Gnosticismo – heresia já existente nos dias do Apóstolo João

            Qual foi a causa de o apóstolo João revelar Cristo de tal maneira? O Gnosticismo (ou Docetismo). Movimento que chegou ao apogeu entre 135 e 160 D.C. Eles eram grupos bastantes diversificados em suas doutrinas, pois diferiam de lugar para lugar, e em seus períodos. Suas crenças eram um enxerto de filosofias pagãs nas doutrinas cristológicas. Negava o cristianismo histórico. A ideia essencial do Gnosticismo era que o homem era um espírito divino emaranhado num mundo material corrupto, e necessitado de um “conhecimento” (gnoses) especial a fim de escapar deste mundo material. A salvação baseava-se não na fé em Jesus (nem nas obras), mas numa gnose – conhecimento especial da própria condição. Segundo a doutrina deles, Jesus Cristo não teve um corpo, isto é, não veio em carne. O Seu corpo seria uma mera aparência, que chamavam de corpo docético, à semelhança de um fantasma. A matéria (corpo) era identificada como maligna.


3. Logos – resposta enfática ao Gnosticismo!

            Ao usar o termo Logos, João se apoiou de uma palavra grega para revelar o pensamento bíblico e verídico acerca do Cristo de Deus.


1. Verbo: É a Palavra encarnada. Jesus como Logos é a Palavra Encarnada em forma humana: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1.14). Deixou toda a Sua glória (Fp 2.6-8) e desceu transformando-se em homem: “E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Deus se manifestou em carne, foi justificado no Espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, recebido acima na glória” (1Tm 3.16 – Almeida Corrigida Fiel).


2. É a Palavra Criadora de Deus: “O nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus... (Ap 19.13); “Pela fé entendemos que os mundos pela palavra de Deus foram criados” (Hb 11.3).


3. É o Agente da criação: “Pela palavra do SENHOR foram feitos os céus, e todo o exército deles pelo espírito da sua boca” (Sl 33.6; Jo 1.2).


4. É o retrato vivo da santidade de Deus: “O qual é imagem do Deus invisível” (Cl 1.15); “a expressa imagem da Pessoa de Deus” (Hb 1.3).


5. É a autorrevelação de Deus: “Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai?” (Jo 14.9), “Eu e o Pai somos Um” (Jo 10.30); “Antes que Abraão existisse: Eu Sou!” (Jo 8.58).


6. É o Mediador entre Deus e os homens: “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem” (1Tm 2.5).


7. É o Sustentador do universo: “O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas” (Hb 1.3).


8. É o anterior a todas as coisas: “E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por Ele” (Cl 1.17).


9. É o que domina todas as coisas: “Que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos, e pondo-o à sua direita nos céus. Acima de todo o principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo o nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro; e sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da igreja” (Ef 1.20-23).


10. Logos é o Verdadeiro Deus e a vida eterna: “E sabemos que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna” (1Jo 5.20). Aleluia!


4. A vida concedida pelo Verbo

           Nele estava a vida... O homem sem Deus é morto espiritualmente (Ef 2.1). Morte é “separação”. O Pai do pródigo disse: “Porque este meu filho estava morto, e reviveu, tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a alegrar-se” (Lc 15.24). O Logos é a vida. Ele levanta os caídos e mortos pelo pecado. Só Jesus traz novamente o homem à presença de Deus. O pecador está separado de Deus (Is 59.2); por isso, fica distanciado e longe, pois está morto; mas, ao encontrar a vida, achega-se: “Mas agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto” (Ef 2.13) e recebe vida: “Eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância” (Jo 10.10).


5. A Encarnação do Verbo

           1. E o Verbo se fez carne... Encarnação: Doutrina segundo a qual o Verbo, a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, assume forma humana, na Pessoa Augusta de Jesus Cristo. Todo o Evangelho é compreendido a partir desse ensinamento. Dele, depende as doutrinas da salvação e redenção da humanidade. Consoante o relato, Jesus é Deus (Jo 1.1; 10.30; Rm 9.5; Tt 2.13; Cl 2.9; Fp 2.6; Mt 1.23; Hb 1.8).


           2. As duas naturezas de Cristo. O Logos Divino renunciou a Sua glória e majestade a fim de tornar-se homem (Jo 17.5; Fp 2.6-8), passando a viver sob às limitações humanas de um ser humano. Com efeito, não apenas viveu neste mundo como Deus verdadeiro, todavia, como homem de verdade.

           A Escritura chama-o de “homem” (At 2.22; Jo 8.40). Pilatos, acerca dele, disse: “Eis aqui o homem” (Jo 19.5). O nome Filho do Homem aparece quase 70 vezes nos Evangelhos e assevera a Sua humilhação; e mais: como representante legal de toda a humanidade. Sendo assim, era 100% homem e 100% Deus, a esperança da humanidade, o Deus-Homem e o Homem-Deus! Aleluia! Assim, Jesus possuía duas naturezas em uma só personalidade, as quais operavam de modo harmonioso e perfeito, em uma união indissolúvel e eterna.


           3. O Verbo como homem. O Livro de Deus está repleto de evidências de que Jesus Cristo era completamente humano:


           a) Jesus possuía corpo (Hb 10.5) de carne e ossos humanos (Jo 19.34, Hb 2.14);

           b) tinha ancestrais humanos (Mt 1.20-25; Lc 2.1-7);

           c) teve uma concepção humana, pois na linguagem científica, Jesus começou como todos os seres humanos, pela fertilização de um óvulo humano. Só que, no caso dele, foi fertilizado sobrenaturalmente pelo Espírito Santo, e não por semente; quer dizer, sêmen humano (Lc 1.31-35; Mt 1.18);

           d) Jesus teve um nascimento humano (Lc 2.4-7);

           e) teve uma infância humana (Lc 2.52);

           f) passou fome humana (Mt 4.2);

           g) teve sede e cansaço humanos (Jo 4.6,7);

           h) teve emoções humanas (Jo 11.33,35; Lc 13.34);

           i) tinha um senso de humor humano (Jo 21.5; Lc 10.21; Jo 2.15,16);

           j) tinha linguagem e culturas humanas: Era filho de Abraão e Davi  (Mt 1.1), Tinha mãe judia (Gl 4.4; Mt 1.20-25), cultura e religião judaicas (Jo 4.5-9,21,22);

           k) Era reconhecido pela aparência e o modo de falar (Jo 4.9);

           l) Suou sangue (Lc 22.44) – o que prova que tinha glândulas sudoríparas (que produzem suor);

           m) Sentiu dor humana (Mt 27.46; 26.38; Hb 5.7).

           Finalmente, “Ele foi morto no corpo” (1Pd 3.18) – “Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo? (Hb 9.14).

            O Logos virou homem como você! Por isso, Ele entende cada pessoa, porquanto tudo que passamos, Ele passou e venceu!


6. A expressa revelação de Deus – o Verbo

           1. “Vimos a Sua glória” (v.14). João manifesta que o conheceu. Isso se refere quando Cristo se transfigurou e mostrou o Seu Senhorio a ele, juntamente com Pedro e Tiago no monte (cf. Mt 17). Com efeito, não só o conheceu como homem, mas também como o Senhor do Universo, a ponto de revelá-lo como o Logos Divino!

            Essa foi a causa de João combater tanto o Gnosticismo enquanto viveu (cf. 1Jo 4.1-3; 2Jo v.7). Verdadeiramente sabia quem era o Cristo: Homem-Deus e Deus-homem!


           2. Cheio de graça e de verdade. A reza de Ave-Maria, do Catolicismo Romano, expõe que Maria é “cheia de graça”. No entanto, “graça” é favor imerecido, ou seja, o homem não merece, mas Deus por Sua infinita misericórdia lhe deu! Nesse contexto, entra a salvação perfeita e gloriosa, revelada aos homens por meio de Cristo Jesus, o Senhor, o Logos! “Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens” (Tt 2.11). Só Jesus é cheio de graça! (v.14). Qualquer ser humano (como Maria) pode ser “agraciado” pelo Senhor: “Salve, agraciada...” (Lc 1.28); “A minha graça te basta” (2Co 12.8); “Noé, porém, achou graça aos olhos do SENHOR” (Gn 6.8); “Mas cremos que seremos salvos pela graça do Senhor Jesus Cristo, como eles também” (At 15.11; Ef 3.24). Agora, toda graça, emana apenas de Cristo! (Jo 4.14).

           O Logos é a plena revelação da verdade. Ele é a verdade (Jo 14.6). Veio ao mundo para dar testemunho da verdade (Jo 18.37). O testemunho dEle é verdadeiro (Jo 8.14; 19.35).



 BIBLIOGRAFIA

GEISLER, Norman. Enciclopédia de Apologética. São Paulo: Editora Vida, 2002, pp. 286-288, 374, 375.

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Manual Bíblico. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2008, p. 623.

VIEIRA, Antônio Mardônio Nogueira. O Evangelho do Filho de Deus. Lições Bíblicas. Rio de Janeiro: CPAD, pp. 3-6, 1º trimestre de 1995.

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BOWMAN JR., Robert M. Por que Devo Crer na Trindade? São Paulo: Editora Candeia, 2001, p. 41.