Louvores
domingo, 27 de julho de 2014
terça-feira, 15 de julho de 2014
O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO
INTRODUÇÃO
A salvação eterna é uma dádiva, um presente dos Altos Céus a todos os perdidos, trazido pelo Salvador Jesus Cristo: Porque o Filho do Homem veio salvar o que se tinha perdido (Mt 18.11). Porém o Batismo no Espírito Santo é um revestimento sobrenatural de poder celestial. Esta virtude divina ingressa o crente numa profunda vida de adoração, de capacidade para a Vinha do Senhor e para testificar Cristo com unção e autoridade.
1. O QUE É O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO
A palavra batismo significa “mergulhar, afundar, imersão”. Há um rio que emana do trono de Deus (Sl 46.4) com a presença do Santo Espírito (Ap 4.5), cujo é simbolizado como “sete Espíritos de Deus”. Os sete Espíritos de Deus representam a plenitude das operações do Espírito do Senhor na Igreja (cf. Is 11.2). Jesus ressaltou sobre os “rios de águas vivas” quando ensinava a doutrina do Espírito Santo (Jo 7.38,39). Face ao exposto, o Batismo no Espírito Santo é o mergulho do crente no poder, na graça, na plenitude, na unção do Espírito de Jeová, a fim de receber poder para testificar o Senhor Jesus Cristo e vencer todas as obras malignas. mediante a imersão no rio que flui pelo Espírito Divino. Na conversão recebemos vida de Deus (Jo 10.10); já no Batismo no Espírito Santo há um concedimento de poder sobrenatural em todas as áreas do cristão (At 2.4; Lc 10.19).
2. OS NOMES DO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO
Vários nomes na Palavra de Deus revelam a experiência dessa extraordinária graça. Dentre os quais:
a) Unção (1Jo 2.20), pois da mesma maneira que os profetas (1Rs 19.16), os sacerdotes (Ex 40.13-15) e os reis eram ungidos (1Sm 10.1; 16.13), a serem separados, cada um à sua função, o Divino Espírito há de separar os servos de Cristo ao Seu decreto, à Sua obra, ao Seu chamado, à Sua missão…
b) Virtude (At 1.8), visto que o crente transbordará de poder.
c) Promessa do Pai (Lc 24.49), porque o derramamento do Espírito foi prometido desde o Antigo Testamento (cf. Jl 2.28,29).
d) Dom (At 2.38), portanto, é dávida, é gratuito, basta crer para receber (Lc 11.13; Mc 9.23).
e) Selo (Ef 1.13), cujo confirma propriedade. Isto é, através dessa bênção, o cristão passa a ter mais certeza de sua salvação, ao saber que o Espírito Santo a confirmou, quando derramou uma virtude que quaisquer homens da terra não podem derramar; ela vem do Alto! Com efeito, através do “selo da promessa”, o salvo dá muito mais valor à salvação.
3. A EVIDÊNCIA DO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO
As línguas estranhas são as provas de que a pessoa recebeu o dom celeste. Isto chama-se glossolália: “fenômeno divino que dá a capacidade de um crente falar línguas desconhecidas”. Jesus disse: “Em meu nome falarão novas línguas” (Mc 16.17). As línguas, então, nesse ponto, provam se houve, realmente, o Batismo no Espírito Santo. Alguém pode pular, chorar, gritar de emoção, bater palmas, enfim… Mas se não falar noutras línguas não recebeu a Promessa do Pai. Desta forma sucedeu onde essa promessa se cumpriu; exemplos: Nos 120 crentes presentes no dia de Pentecostes (At 1.14,15; 2.1-4); na casa de Cornélio (At 10.44-46), mediante o apóstolo Pedro; em Éfeso (At 19.1-6), por meio do apóstolo Paulo. Logo, em todos esses casos, as línguas estranhas estiveram presentes, provando, assim, que são a evidência do Batismo no Espírito Santo.
4. CONCEPÇÕES ERRÔNEAS SOBRE O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO
Muitos têm um entendimento errado a respeito da promessa de Jesus. O Batismo no Espírito não é:
1. Alegria: O crente tem em si a “alegria da salvação” (Sl 51.12). O Reino de Deus, o qual o cristão morará, proporciona-lhe contentamento, pois lá é alegria no Santo Espírito (Rm 14.17). Igualmente, é normal haver alegria pela salvação de uma alma, porque se os anjos festejam (Lc 15.7), quanto mais nós, os homens (Jo 17.13). Portanto, o Batismo no Espírito não é alegria.
2. Salvação: Os discípulos, antes do Pentecostes, já eram limpos pela Palavra (Jo 15.3), já participavam da Ceia do Senhor (Mt 26.26-29), já tinham seus nomes no Livro da Vida (Lc 10.20), neles estava o Espírito Santo (Jo 20.22); todavia, não haviam recebido a promessa de um poder sobrenatural que os capacitaria para serem “testemunhas de Jesus até os confins da terra” (At 1.8). Logo, para o Batismo no Santo Espírito é para os salvos, e não para salvação.
3. Santificação: Esta é um ato posicional – pois nos põe diante do mundo como embaixadores de Cristo (2Co 5.20), revelando a nossa separação do pecado (1Pd 1.15,16). É um ato que deve ser cultivado e crescente na vida de cada cristão: “Quem é santo, santifique-se mais ainda” (Ap 22.11). Já o Batismo no Espírito Santo é o bendito dom dos altos céus! Recebemo-lo apenas uma vez (At 10.44,45).
5. QUAL SERÁ ENTÃO A FINALIDADE DO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO?
Dentre as muitas finalidades, temos:
1. Capacidade: Depois de revestidos do poder do Alto no dia de Pentecostes (At 2.4), os discípulos se puseram em pé na presença de Deus (At 2.14) prontos para enfrentar tudo e serem usados por Cristo; assim: a Promessa do Pai impactou a Igreja para crescer (At 2), as portas dos milagres foram abertas (At 3), o Senhor concedeu amor e comunhão (At 4), o dom do Espírito foi concedido aos samaritanos (At 8 ) e aos gentios (At 10). Cristãos foram mortos, como exemplo Estêvão e Tiago (At 7 e 12), mas não negaram a fé! Por conseguinte, o Batismo no Espírito coloca o cristão em pé com coragem para proclamar o Evangelho sem temerosidade “até os confins da terra” (At 1.8)! Só com esse Poder do Alto a Igreja é forte na evangelização, na oração, na pregação, na batalha contra o mal; e Deus derrama chuvas de graça sobre os convertidos!
2. Aprofundamento espiritual: As línguas estranhas, sendo a evidência física e inicial do Batismo no Espírito Santo, têm uma grande finalidade na vida do salvo. Pouco imaginamos os que elas representam para nós. Primeiro, é uma linha direta com Deus (1Co 14.2) com a qual se fala com o Senhor sem interrupção! Segundo, é um meio de glorificar as lindas e magnificas obras do Criador – , de contar espiritualmente os prodígios e livramentos operados por Deus (At 10.46). Finalmente, produz edificação ao falante. O cristão batizado no Espírito, ao falar outras línguas, edifica a si mesmo em todas as áreas de sua vida espiritual (1Co 14.4). Edificar é “se levantar, erguer-se, fundamentar-se; construir-se espiritualmente” na presença do Eterno!
6. COMO RECEBER PODER DO ALTO?
1. Obediência à Palavra: “E nós somos testemunhas acerca destas palavras, nós e também o Espírito Santo, que Deus deu àqueles que lhe obedecem” (At 5.32).
2. Busca incessante mediante a oração: “E eu vos digo a vós: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á; porque qualquer que pede recebe; e quem busca acha; e a quem bate abrir-se-lhe-á. E qual o pai de entre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, também, se lhe pedir peixe, lhe dará por peixe uma serpente? Ou, também, se lhe pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Pois se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?” (Lc 11.9-13).
3. Ter fé que se tornou um filho de Deus e pronto para receber essa promessa: “Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus, Nosso Senhor, chamar” (At 2.39).
CONCLUSÃO
Esta dádiva celestial está disposta a todos! O Batismo no Espírito Santo é para todos os que buscam o Senhor Jesus de coração. Segundo Atos 2.17, sabemos que a Promessa do Pai está disposta a todos:
* Toda carne - pessoas de quaisquer países do mundo;
* Filhos e filhas - Tanto para os homens quanto para as mulheres;
* Mancebos e velhos - Não há idade para receber o dom dos Altos Céus e falar em mistérios com Deus;
* Servos e servas - Não há importância da cor ou da classe social para ser selado pelo Divino Pai Eterno!
Por conseguinte, basta buscar e crer; deste modo, tornar-se-á uma testemunha poderosa de Jesus em todo o mundo!
segunda-feira, 14 de julho de 2014
Ensina-nos a Orar
Introdução
O que é a Oração? Segundo o Dicionário Teológico, de Claudionor de Andrade — CPAD, a palavra oração é proveniente do latim: orationem; isto é, prece dirigida pelo homem ao Seu Criador com o objetivo de: 1) Adorá-Lo como o Criador e Senhor de tudo quanto existe; 2) Pedir-Lhe perdão pelas faltas cometidas; 3) Agradecer-Lhe pelos favores imerecidos; 4) Buscar proteção e uma comunhão mais íntima com Ele; 5) Colocar-se à disposição de Seu Reino. A oração não pode ser uma arenga. Tem de ser caracterizada por pensamentos amorosos e profundos.
Deus quer que nós mantenhamos um vínculo com Ele – uma comunhão; e esse vínculo é através da oração; a qual é um método praticado não somente no Cristianismo, mas desde os primórdios da humanidade, como, também, em outras religiões.
Alguns israelitas utilizavam filactérios nas orações da manhã. Daniel orava três vezes ao dia (Dn 6.10). Davi registrou no Livro dos Salmos muitas de suas orações, por exemplo, os Salmos 20 e 27. Jesus se retirava com frequência aos desertos e montes para orar (Lc 5.16; 6.12), inclusive, na noite em que foi preso, estava orando no Getsêmani (Mc 14.32). Os apóstolos Pedro e João tinham o costume de orar todos os dias às 3h da tarde, conhecida como “a hora nona”.
A oração é um princípio vital na vida do cristão. Por conta disso, a Palavra de Deus responde a pergunta dos discípulos, cuja ainda ecoa a mais de dois mil anos: Senhor, ensina-nos a orar (Lc 11.1). Sem oração não se pode expulsar demônios, dentre tantas outras coisas.
1. Os elementos da oração
A oração pode ser dirigida de acordo com estas descrições bíblicas. Portanto, nela, pode-se incluir:
1) Confissão. Um exemplo clássico é o Salmo 51. Deus conhece tudo, e nada está oculto aos Seus olhos; por isso, precisamos confessar tudo a Ele. Quando nos confessamos, estamos demonstrando que estávamos cientes dos fatos; porém, agora, arrependidos.
2) Adoração (Sl 95.6-9). Adorar é simplesmente reconhecer tudo o que Deus é, e o que Ele tem feito.
3) Comunhão (Sl 103.1-8). Comunhão é a associação com uma pessoa, envolvendo amizade e participação em seus sentimentos, em suas experiências e em sua vivência.
4) Gratidão (1Tm 2.1). Faz parte da oração dar graças a Deus, pelo favor imerecido que recebemos d’Ele.
5) Petição pessoal (2Co 12.8). Paulo orava para ser livre de um espírito que o esbofeteava. Nós, também, devemos pedir segundo as nossas necessidades. Jesus disse que não devemos estar inquietos com o que vamos vestir e comer, mas não expressou que não devemos orar e pedir tais coisas. Orar para tal finalidade é dever, pois o Senhor ouve e concede (Fp 4.19).
6) Intercessão pelos outros (Rm 10.1). Muitas pessoas precisam de oração, e não sabem. Cabe a nós, cristãos, orar pela família, pelos vizinhos, dentre outras pessoas próximas ou distantes, conhecidas ou estranhas. Assim como um dia alguém intercedeu por nossas vidas, também devemos interceder pelas dos outros.
2. Condições para a oração ser atendida
A Palavra de Deus revela os requisitos para uma oração ser atendida. Ei-los:
1) Fé (Hb 11.6). É inútil uma oração sem fé, porque é necessário que todo aquele que se aproxime de Deus, creia que Ele exista — declara o versículo suprarreferido. A fé é um requisito essencial para aproximar-se de Deus e ser aceito por Ele. Qualquer pessoa que busque o Seu socorro tem de crer em duas coisas: o Senhor existe, e é galardoador dos que O buscam.
2) Submissão à vontade de Deus (1Jo 5.14,15). Submeter-se à vontade de Deus é confiar, sem restrições, em Sua provisão. Cada promessa que Deus cumpre gera-nos mais confiança; com efeito, inspira e dá fervor às orações.
3) Orar em Nome de Jesus. Essa é a condição fundamental para a oração ser atendida. Leia João 16.23,24. Note que tais versículos mostram que a nossa comunhão com Deus, em nome de Jesus, opera em dois sentidos: Primeiro, quando a Ele pedimos; e, segundo, quando nos dá o que Lhe pedimos.
Muitos terminam suas orações com a conhecida expressão: “Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. Não que seja pecado (ou coisa semelhante), mas isso está fora dos ensinos de Jesus, revelados em Sua Palavra. Chegamos a Deus somente por intermédio de Cristo: Ninguém vem ao Pai, senão por Mim... (Jo 14.6). As próprias sacras composições evangélicas da hinódia literorreligiosa ressaltam que Cristo é a única via de acesso de nossos rogos ao Deus-Pai, como exemplos: “Vem Tu, Verbo de Deus, fazer chegar aos Céus nossa oração” (Harpa Cristã 185); “Dirijo a Ti – Jesus, minha oração... Tu és meu Mediador, meu Rei e Salvador” (Hinário Aleluia 69). Portanto, a oração deve ser encerrada tão só em nome de Jesus: Tudo quanto pedirdes em Meu nome Eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho (Jo 14.13).
4) Os requisitos apresentados fazem a oração ser eficaz. Quer dizer, produzem os efeitos desejados; dão bons resultados – com certeza! O clamor sobe como incenso perante a face do Santo de Israel (Sl 141.2), que, ao sentir o cheiro agradável, envia a resposta pelo Seu eterno poder: seja salvação, seja cura no corpo ou na alma, seja perdão, seja vigor, seja livramento (Tg 5.15,16; Sl 6.9). A oração é um diálogo entre o crente e Deus, e não um monólogo, em que só o orador fala, fala sem parar. É preciso ficar atento à voz de Deus, pois Ele pode responder e as pessoas nem perceberem, pela falta da devida atenção à Sua resposta (Jr 33.3). As Santas Escrituras atestam: A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos (Tg 5.16b). Não há limites que detenham uma oração conforme a Palavra de Deus! Disse a Rainha Elisabeth – monarca da Inglaterra: “Tenho mais medo de um crente de joelhos do que todo o exército inglês”. Aleluia!
5) Testificações do fervente clamor ao Criador Bendito. Existem muitas pessoas, devido à simplicidade, têm feito suas orações das mais diferentes maneiras, e têm sido atendidas; porém, uma coisa é indispensável: a fé! Muitos testificam a virtude do maravilhoso ato de orar:
a) “Passo grande parte do meu tempo afinando meu coração para oração” (M’Cheyene);
b) “A verdade é que, na oração, não as dádivas, mas as graças é que prevalecem. João, em prantos, conseguiu abrir o livro; e Daniel, pela oração, teve o segredo do rei revelado em visão noturna. A oração faz-nos conhecer mais o poder de Deus” (Trapp);
c) “A oração é a chave da vitória. Consiste na manutenção do contato com o Criador. Ela é a fonte de socorro do homem que, em suas aflições, clama por Deus. É a comunhão dos filhos com o Pai Celestial” (Emílio Conde);
d) “Em nossa oração constante devemos ser específicos como a viúva de Lucas 18. Ela, dia após dia, se dirigia ao juiz com o mesmo pedido. Nossas orações são muitas vezes bastante genéricas e sem meta” (Hebert Lockyer).
3. Erros que afetam a resposta da oração
Antes de iniciar a oração é preciso estar plenamente convicto da resposta de Deus. Há alguns erros que afetam a resposta da oração, de maneira que, às vezes, ela nem sequer é ouvida. Veja alguns desses erros:
1 – Vãs repetições. Falar, falar e falar palavras sem terem sentido; por isso, na verdade, se tornam vãs repetições e se assemelham às rezas do terço católico e aos mantras das religiões orientais. Rezar nunca foi e nunca será suplicar ao Senhor. Rezar, do latim recitare, significa fazer recitação; repetição de algo já produzido por outrem; dizer algo de cor. Isso nada tem a ver com a oração ensinada na Palavra de Deus, que é a elevação da alma e da vida aos braços do Pai Celeste, brotada através de palavras de um coração amesquinhado: Pelo que todo aquele que é santo orará a Ti, a tempo de te poder achar: até no transbordar de muitas águas... (Sl 32.6). Oração é derramar-se na presença do Todo-Poderoso: Ó Deus, Tu és o meu Deus; de madrugada te buscarei: a minha alma tem sede de Ti; a minha carne te deseja muito em uma terra seca e cansada, onde não há água (Sl 63.1). As repetições impedem a resposta divina: E, orando, não usem de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos (Mt 6.7). Alguns, quando vão orar, levam até um relógio consigo para cronometrarem o tempo que “oraram”. Estes pensam que por muito falarem serão ouvidos... Os fariseus exploravam os necessitados sob pretexto de longas orações (Mt 23.14). A maneira certa é revelada pelo Senhor: E buscar-Me-eis, e Me achareis, quando Me buscardes com todo o vosso coração (Jr 29.13).
2 – Coração perverso. Outro erro é ter um coração perverso, obstinado e pensar que Deus está ouvindo as orações: Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá? (Jr 17.9). Também: Se eu atender à iniquidade no meu coração, o Senhor não me ouvirá (Sl 66.18). E mais: Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o Seu rosto de vós, para que não vos ouça (Is 59.2).
3 – Não possuir sentido. Oração sem sentido é perda de tempo: E qual de entre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o seu filho, lhe dará uma pedra? (Mt 7.9). Sem a especificação dos desejos pessoais, a oração não estará clara e objetiva. Diga a Deus se você quer pão ou pedra; deixe claro se deseja peixe ou serpente: seja direto, seja claro, seja objetivo; enfim, sem rodeios! E tudo o que pedirdes na oração, crendo, o recebereis (Mt 21.22).
4 – Pedir para fins depreciativos. Outro problema é pedir algo para fins depreciativos, isto é, para desvalorizar-se. É um tipo de oração sem sabedoria cujo cristão diminui a sua condição de filho de Deus, desconhecendo o grandioso poder do Altíssimo. Igualmente, quando pede, além de se menosprezar, não o faz para o Criador suprir as reais necessitadas, mas pôr as mãos d’Ele em coisas supérfluas, ou seja, desnecessárias: Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites (Tg 4.3). O que Deus dá é bom e enriquece-nos, sem efeitos colaterais, ou seja, consequências indesejadas: Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vêm do Alto, descendo do Pai das Luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação (Tg 1.17). Finalmente: A bênção do Senhor é que enriquece; e não traz consigo dores." (Pv 10.22).
Conclusão
A oração é muito importante e liga-nos de maneira estrita a Deus. Sendo assim, não podemos realizá-la de qualquer maneira, ou, então, Jesus nos dirá: “Servo mau e negligente” (Mt 25.26).
No estudo em apreço, pudemos compreender um pouco do universo da oração e do diálogo com Deus. Lembrando que a oração não é para persuadir o Senhor a fazer nossa vontade, mas, sim, colocar a nossa vontade em sintonia com a d’Ele!
A oração é se entregar, sem restrições, à vontade soberana de Deus.
É preciso orar para estar dentro dos planos de Deus e da Sua perfeita vontade: Por esta razão, nós também, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós, e de pedir que sejais cheios do conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e inteligência espiritual, para que possais andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda a boa obra, e crescendo no conhecimento de Deus (Cl 1.9,10). Veja Romanos 12.2.
Contudo, não se esqueça: a oração não é tudo o que você pode fazer, porém uma das coisas mais importantes para a vida do cristão.
Glossário
Arenga: Discurso fastidioso, isto é, que causa fastio, aborrecimento ou enfado; enfadonho; palavrório.
Vínculo: Sentido Fig. – Relação forte de sentimentos; relacionamento; ligação; elo
Primórdio: Princípio; começo; o que se organiza primeiro.
Vital: Relativo ou necessário à vida; absolutamente necessário; essencial; fundamental; indispensável.
Requisitos: Condições necessárias, fundamentais; quesitos.
Ei-los: Eis eles; olhai eles; eis os; olhai os.
Suprarreferido: Referido, mencionado acima ou anteriormente; supracitado; sobredito.
Galardoador: Aquele que recompensa, que retribui, que glorifica, que honra a alguém por relevantes serviços prestados.
Sacras: Santas; sagradas.
Hinódia: Conjunto de hinos inspirados da Igreja.
Literorreligiosa: Relativo à literatura e à religião cristã, aos escritos usados pelos cristãos fervorosos, ao mesmo tempo, no decorrer dos anos.
Monarca: Governante, soberano de autoridade constitucional que reina em um país.
Mantra: Fórmula verbal tida como sagrada no Budismo e no Hinduísmo, que se acredita, repetindo-a, há recebimento de poderes sobrenaturais.
Amesquinhado: Apequenado; humilhado; diminuído; apoucado; rebaixado; enfraquecido.
Obstinado: Inflexível; irredutível; relutante; teimoso; resistente; cabeça-dura; que não cede a argumentos, considerações ou reflexões por mera pirraça e/ou ignorância; difícil de controlar ou dominar.
Estrita: Completa; absoluta; exata; rigorosa.
Em apreço: Em questão; em pauta.
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