Por Johny
Mange
1. Contexto
histórico que se elucidou o problema
Em Seu ministério terreno, o Cristo de Deus expulsava muitos demônios. Isso
atraía a atenção de muitos e os enchia de admiração (Lc 4.36). Os fariseus, que
nesse acontecimento também eram escribas – os quais escreviam e analisavam a
Lei de Moisés – enfurecidos com tal obra, alegaram que Jesus expulsava os
espíritos imundos por Belzebu – o príncipe dos demônios (Mc 3.22). Quem era
Belzebu? O deus filisteu das moscas. Belzebu era um ídolo da Filístia – o
cultuado deus das moscas. Os filisteus costumavam adorá-lo e invocá-lo contra a
praga das moscas e, por isso, supõe-se que a sua escultura tivesse cabeça de
mosca ou de besouro. Jesus responde que expulsa demônios pelo Espírito de Deus
(Mt 12.28).
2. Jesus –
cumpridor de Sua missão na plenitude do Espírito
O Santo Espírito repousou sobre Jesus, ungindo-O para o ministério na Terra,
por ocasião de Seu batismo (Jo 1.32,33). Deus-Pai deu testemunho do Seu Filho:
Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo (Mt 3.17). Os fariseus diziam que
aqu’Ele que estava dentro de Jesus, operando tais sinais, era o principal dos
espíritos imundos; por conseguinte, rejeitavam o testemunho dado pelo Pai. E
por que isso foi tão grave? Só se confessa que Jesus é Senhor, pelo Espírito
(1Co 12.3). Chamar o Consolador de impuro, sujo, danoso (causador de prejuízo)
– o deus das moscas – é separar-se de toda a esperança de vida eterna. O
Espírito Santo opera o Novo Nascimento de cujo resulta a salvação eterna (Jo
3.3-5). Como a teremos se não confessarmos o Senhor Jesus pelo que conduz o
homem à eternidade: o Santo Espírito de Jeová?
Resumo da ópera, a atribuição da obra de Cristo ao poder de Satanás é um pecado
imperdoável: Portanto eu vos digo: Todo o pecado e blasfêmia se perdoará aos
homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada aos homens. E, se
qualquer disser alguma palavra contra o Filho do homem, ser-lhe-á perdoado,
mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste
século nem no futuro (Mt 12.31,32). Veja Lucas 12.10.
3. A
elucidação do que realmente é a blasfêmia contra o Espírito Santo
A blasfêmia contra o Espírito é um pecado intencional. Grave isto: intencional.
A pessoa o faz conscientemente e, em algum aspecto, existe um propósito de
desviar outras pessoas do caminho do Senhor, como os escribas (Mt
12.22-28). Ela sabe que aquela operação é de Deus, tem provas cabais do
agir divino naquela circunstância; todavia, mesmo assim, intencionalmente, por
mero capricho, não quer confessar o poder divino do Espírito da Glória,
imputando-Lhe poderes infernais e condenatórios ao suplício eterno. É a
rejeição intencional ao Espírito Eterno, fazendo d’Ele um ser maligno e
proveniente das labaredas do inferno. Ainda é um “pecado eterno”, pois é extinta
toda a possibilidade de arrependimento e perdão: Quem blasfemar contra o
Espírito Santo nunca terá perdão: é culpado de pecado eterno (Mc 3.29 – NVI).
Aqueles que transgridem dessa maneira, chamam o mal de bem, e o bem de mal; a
luz de trevas, e as trevas de luz; o doce de amargo, e o amargo de doce (Is
5.20). Só pode blasfemar contra o Deus-Espírito Santo quem O conhece e já
provou de Seu poder (Hb 6.4-6).
4. A falsa
síndrome de blasfêmia contra o Consolador
Muitos crentes choram e perguntam-se: “Será que eu blasfemei contra o Espírito
Santo?” Claro que não! Se há contrição, é a prova que não ocorreu tal pecado. A
tristeza, segundo Deus, produz o arrependimento que leva à salvação (2Co 7.10).
Isso é obra do Consolador, da mesma forma que no Dia de Pentecostes (At
2.37,38). O ser humano, que comete o pecado de blasfêmia contra o Espírito do
Senhor, torna-se um “réu”, quer dizer, “envolvido em”, “culpado de”, “merecedor
do” castigo eterno (Mc 3.29). Portanto, não haverá nem sombra de remorso ou
arrependimento neste mundo ou no vindouro (Mt 12.32), visto que o indivíduo
passa a amar o mal (Mq 3.2).
Glossário
Elucidar: Tornar claro, lúcido,
inteligível.
Resumo da
ópera: Em suma; em resumo;
resumidamente.
Elucidação: Ação de elucidar; explicação de
coisa obscura ou de difícil compreensão; esclarecimento.
NVI: Nova Versão Internacional.
Síndrome: Sentido Fig. – Conjunto de
determinados comportamentos de um grupo e/ou ser humano que sofre ou sofreu uma
mesma situação traumatizante. Também se diz síndroma.
Contrição: Sentimento de dor, aliado a um
forte e sincero arrependimento, por ter ofendido a Deus com um erro, falhas ou
pecados.
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