Louvores

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

O Maior Assombro do Mundo



Por Johny Mange


             No site G1*, temos a seguinte notícia:

          A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) informou no começo da noite, da quarta-feira, do dia 16 de maio de 2012, que 103 pessoas passaram por atendimento em hospitais municipais por causa da colisão entre dois trens do Metrô na Zona Leste. Segundo a pasta, nenhum caso foi grave e todas as pessoas já tiveram alta. A Secretaria de Estado da Saúde informou que foram atendidas três pessoas em hospitais estaduais. O acidente ocorreu na Linha 3-Vermelha por volta das 9h50, entre as estações Carrão e Penha. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que o acidente será investigado pela Delegacia do Metropolitano (Delpom). Entre os feridos, 33 pessoas foram socorridas pelos bombeiros e outras 16 atendidas pelo Samu. Entre os casos que exigiram mais cuidados estava o de um passageiro que teve fratura na perna e foi encaminhado ao Hospital do Tatuapé, na Zona Leste. Além desse, caso outro ferido, com ferimentos de média complexidade, foi levada a um hospital de convênio.

          É do conhecimento de todo cristão o Sermão Profético de Jesus, pelo qual se faz alusão ao final dos tempos (Mt 24.1-14). Por ele Cristo manifesta que, nos dias antecedentes à Sua vinda, haverá “falsos cristos, guerras, rumores de guerras, nação contra nação, fomes, pestes, terremotos, escândalos, surgimento de falsos profetas, perseguições contra os crentes verdadeiros...”, e, justamente, tais coisas têm deixado a humanidade assombrada. Por exemplo, cerca de 150 milhões de pessoas foram mortas em duas grandes guerras no século 20 — tal cifra de mortos é maior do que a de todas as guerras juntas dos últimos dois mil anos! Cerca de 24 mil pessoas morrem de fome por dia. Há, aproximadamente, 39 milhões de aidéticos no mundo. Segundo a Agência de Saúde da ONU, mais de 7 milhões de pessoas morreram de câncer só ano 2005. Esse é o horror que estamos vivendo nos dias atuais... Quem tem ouvidos para ouvir, ouça! (Mt 11.15).
        O acidente ocorrido, por conta da colisão de dois trens do metrô, deixou a capital espantada. Tal propagação ocorreu por todos os lados: rádio, televisão, internet; nas paradas de ônibus, nos mercados, no trânsito  esta era a conversa: “acidente no metrô foi causado por uma falha na placa de circuito eletrônico da linha”. O maquinista  quando percebeu que haveria o choque entre os dois trens  começou a frear para não colidir com mais força; mesmo assim, o trem chocou-se numa velocidade entre 9 e 12 km/h. Logo, houve o saldo de mais de 100 pessoas atendidas nos hospitais.
            O hino 547 da Harpa Cristã assevera: “Os fiéis são trasladados, seu trabalho aqui findou...” Se pelo acidente no metrô o povo ficou pasmado, imagine com a Trasladação da Igreja? Já parou para pensar? A palavra “arrebatamento” (do grego harpazo) significa “arrastamento, rapto, captura, desaparecimento, carregamento para longe”, e 1Tessalonicenses 4.16 e 17 salienta: Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. O Senhor Jesus, ao voltar, carregará o Seu povo para longe deste mundo tenebroso! Cristo nos capturará, ou seja, tomar-nos-á forçadamente! Será pela força do Espírito que subiremos, que desaparecemos desta terra e nos encontraremos no Lar da Glória com o Filho de Deus! Cristo mesmo disse. Virei outra vez, e vos levarei para Mim mesmo, para que onde Eu estiver estejais vós também (Jo 14.3). E as palavras d’Ele jamais passarão! (Mc 13.31). 
        Se as ocorrências de hoje, isto é, coisas visíveis — acidentes em falhas de circuito — têm deixado a população em dor, amedrontada, desesperada, e quando o brilho de Jesus resplandecer no Céu? E pelo toque da trombeta o povo de Deus for chamado e sumir, desaparecer, a receber a transformação “num abrir e fechar de olhos” (1Co 15.52), imagine o caos — estado de absoluta confusão, que esta terra virará? Pais chorando por causa do sumiço de seus filhos, aviões sem os seus pilotos caindo nos mares, nas cordilheiras, nas grandes cidades, nos vilarejos; trens descarrilados, carros desgovernados, coveiros nos hospitais — inertes, sem fala, em colapso, em estado convulsivo, pois contemplaram as sepulturas abertas em virtude da ressurreição dos justos (cf. Lc 14.14); navios, barcos, cruzeiros perdendo a direção; pessoas em trens, metrôs, ônibus, as quais viram cristãos desaparecendo ao lado delas — o choro, o pranto, o espanto, a depressão que essa gente ficará é incalculável... Doentes nos hospitais, crianças nas maternidades, nas creches, nos lares, nas ruas, nos orfanatos desaparecendo; nos grandes comércios nas, nas multinacionais servos de Deus deixando de ser vistos repentinamente... A Escritura não falha ao expor: Muitos correrão de uma parte para outra (Dn 12.4). Tal evento sairá em todas as manchetes dos periódicos e em todos os meios de comunicação do planeta. O mundo chorará! Muitos “desmaiarão de terror, na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo” (Lc 21.26). 
           O que aconteceu? Jesus voltou! Esta era a pregação de muitos crentes, mas “os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más” (Jo 3.19), de sorte que não subiram ao encontro de Jesus. Os pastores fiéis e irredutíveis à causa do Evangelho que eram tidos como “fundamentalistas”, “santarrões” e “legalistas” hão de ser procurados em todos os lugares; entretanto, não os acharão! Sofreram lutas e perseguições horrendas por outros pastores que gostavam de entreter bodes, também de homens que não defendiam a verdade plena da Palavra de Deus, mas só as partes que lhes convinham; desta forma, não perderiam a “popularidade” entre igrejas, ministros e meios de comunicação. É como disse o Reverendo Leonard Ravenhill, de saudosa memória: Quando há algo na Bíblia que as igrejas não gostam, elas o chamam de “legalismo”. Esses, de igual modo, ficarão, e não subirão no Arrebatamento, já que estavam sob a procedência maligna em suas pregações, estudos e na condução do rebanho, e não segundo a recomendação de Deus: “sim, sim, ou não, não”, quer dizer, tudo ou nada  o morno Deus não aceita: Ele lança fora de Sua santíssima presença! (cf. Mt 5.37; Ap 3.15,16). Hoje são famosos e arregimentam multidões às suas fileiras, igrejas, postagens e vídeos; porém, nem sequer serão lembrados após o Arrebatamento por aquilo que atualmente ensinam; de fato, receberão processos judiciais e ameaças de morte de inúmeros membros e simpatizantes que também não subiram com Cristo e os culparão; além disso, esses ministros andarão foragidos, amendrontados e almejando a morte (Ap 6.15-17), uma vez que não ensinaram a verdade totalmente, com efeito, em algumas coisas diziam “não faz mal” (Ml 1.8), pois taxavam-nas de “legalismo”, “uso e costume”, “rigidez desnecessária”, “cafonice”, “breguice”, “imposição de regras”, etc. Falavam muito de “regeneração”, mas esta não incluía a mudança e a transformação radical em toda a constituição humana: espírito, alma e corpo (1Ts 5.23; Hb 12.14; 1Pd 1.14; Mt 23.25-28), por isso pereceram, porque prometeram liberdade; porém, ainda eram escravos da corrupção em certos costumes mundanos não combatidos (2Pd 2.19). Não foram enganados num ponto, entretanto, foram noutro! Lembre-se: o julgamento começa pela Casa de Deus (1Pd 4.17). Restará sofrer terrivel e brutalmente para ser salvo pelo sangue de Jesus na Tribulação (Ap 6.9-11; 7.9-14; 20.4). Que dor e quão difícil!...
            O Arrebatamento impactará a Terra! Impactará, e como! O horror que a população passou em virtude da falha do sistema do metrô, não é nada. O pior será àquele que não subir no Arrebatamento e ficar na Grande Tribulação, na ditadura do Anticristo — o grande líder mundial que se levantará! (Ap 13; Dn 11.36ss). Diz a Bíblia: Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão (1Ts 5.3). Por isso, prepare-se! O Arrebatamento está às portas: Assim também vós, quando virdes sucederem estas coisas, sabei que [o Senhor Jesus] já está perto, às portas (Mc 13.39).




(*) Notícia disponível em: <H:\G1 - Mais de 100 foram atendidos em hospitais após acidente no Metrô - notícias em São Paulo.mht>. Acesso em: 19 ago. 2015.


quarta-feira, 25 de novembro de 2015

A ILUSÃO DOS DESIGREJADOS

 


Por Johny Mange

Introdução


        É crescente o número dos “sem-igreja”, que deturpam a passagem-chave de Hebreus 10.25: “Não abandonando a nossa congregação, como é costume de alguns”. O que antigamente chamávamos, segundo a Palavra de Deus, de “desviados” (cf. Tg 5.19) ou “ex-cristãos” — tal como Demas, cujo era cooperador e companheiro do Apóstolo quando preso em Roma; porém, desviou-se a amar o presente século (Fm v.24; 2Tm 4.10) — agora chamamos de “desigrejados”.
        Essas pessoas ainda consideram que vivem a fé em Cristo, de modo que podem dar-se ao luxo de desprezarem o ato de congregar no templo. Os desigrejados defendem que a fé cristã pode ser exercida fora da comunhão eclesiástica. É uma espécie de individualismo radical, manifesto como a “comunhão sou eu” ou “eu tenho em comum comigo mesmo”.
        Cansaram-se da igreja institucional e organizada, de maneira que sentem ojeriza pelas tais. Nutrem esse sentimento de repulsa pelas seguintes razões:
         * o surgimento de novas denominações evangélicas;
         * os escândalos de líderes e de igrejas;
         * a banalização do ministério pastoral (que, para muitos, passou a ser tido como “profissão”, e não vocação);
         * a secularização, o intelectualismo, a falta de renovação espiritual e o evangelho frio das denominações históricas;
         * o esfriamento das igrejas tradicionais;
        * o abuso na demonstração de “poder” — por meio de correntes, sacrifícios, propósitos e objetos de fé — à disposição por valores exorbitantes, dos tais “apóstolos” neopentecostais;
         * a abundância de métodos para crescimento de igrejas;
         * a procura de diplomas teológicos reconhecidos pelo estado;
       * a variedade de cursos teológicos cujos estudantes, no término, já recebem a unção de pastor — e saem abrindo novas denominações.
        O certo é que se nos tornarmos desigrejados, porque somente vemos imperfeições nas instituições; consequentemente, havemos de ser uma dessas coisas: 1) idealistas, já que não possuímos firmeza na Rocha, a ignorar as próprias imperfeições ou 2) aqueles que usam isso como desculpa para justificar o abandono da fé com ares de heroísmo e zelo pela suposta “verdade” — que, de forma alguma, se baseia nas Escrituras.
    

1 – Os desigrejados e a “igreja orgânica”

     “Igreja orgânica” é um termo utilizado para opor-se à igreja institucional, que possui liturgia e templos. Chama-se “orgânica” porque os defensores dessa linha de interpretação — de fato, um “vento de doutrina” (Ef 4.14) —subentendem que não podem estar congregados num templo, sob as ordens duma instituição e dum líder, mas todos que fazem parte da igreja — como “organismo vivo” — trabalham em prol do Reino de Deus.
         Logo, posto que não congreguem em nenhuma igreja — daí o porquê do vulgo “desigrejados” — alegam fazer parte da “Igreja Orgânica”, que se reúne em lares, chalés, varandas, salas ou cafeterias. Quer num lugar quer noutro, reúnem-se seus correligionários para juntos adorarem a Deus — sem um pastor ou representante legal a fim de doutrinar e conduzir o rebanho.
     A Comunidade ICTHUS — “peixe”, em grego —, que se reúne como Igreja Orgânica, no artigo “Vivendo Organicamente”, ressalta:

         A forma de uma igreja orgânica expressa a própria vida da igreja — tal como a forma do corpo humano expressa a vida do homem. As igrejas orgânicas não surgem a partir de estatutos, cargos e/ou de clérigos. Surgem de relacionamentos entre pessoas que amam a Jesus Cristo

         Havemos de ver que essa não é a forma correta nem o modelo bíblico deixado por Jesus — o eterno fundador da Igreja. Sendo assim, “ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto — o qual é Jesus Cristo” (1Co 3.11).


2 – Os erros das ditas igrejas orgânicas

a) Igreja Orgânica: No ambiente em que todos estão buscando e adorando, nada é organizado e costumeiro — tal como nas igrejas organizadas —, mas tudo é espontâneo e novo.
No site “Igreja Orgânica Simples” — no estudo “O que é a Igreja Orgânica? Significado de Igreja nos Lares ou nas Casas” —, é dito: “[a igreja orgânica] é sentida (experimentada) e não se resume só a pregações ou ensinamentos teóricos da bíblia”.

         O que a Bíblia diz? Em nítido contraste a isso, embora o Santo Consolador dirija os servos de Deus quando se reúnem (Jo 14.26), a Bíblia apresenta o modelo bíblico para os cultos: “Que fareis pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo (hinos), tem doutrina (exposição da Palavra), tem revelação, tem língua, tem interpretação (dons do Espírito). Faça-se tudo para edificação” (1Co 14.26). Por que isto? Deus não é “Deus de confusão, mas de paz, na igreja dos santos” (1Co 14.33) e “faça-se tudo com decência e ordem”, 1Co 14.40. 



b) Igreja Orgânica: Não há líderes, entretanto, cada um é seu próprio líder; ou seja, “todos” trabalham como sacerdotes no Corpo de Cristo, sem ter um líder humano em geral. Jesus é Sua liderança.
          O site “Igreja Orgânica Simples”, no estudo supracitado, assevera:

         O modelo de igreja evangélica hoje usa o mesmo modelo que o católico, mudando apenas a ênfase (foco) da palavra para protestante, pois os evangélicos nasceram da igreja católica; É institucional, parecido com o de empresa, onde tem hierarquia, pastores chefes, poucos decidem pelo resto, etc., e até usam técnicas de empresas para realizar seu marketing e expansão. [...] São os irmãos que cuidam uns dos outros (1º Ts 5:14) e não o pastor, pois é praticando que de fato uma pessoa aprende a lição e isso leva a maturidade cristã.

         O que a Bíblia diz? Em visível contraste a isso, ainda que, ante a Bíblia, na Graça, todos sejam sacerdotes (isto é, têm acesso direto a Deus, por Cristo — Ap 1.5,6; 1Pd 2.9), o Senhor Jesus colocou homens, que Ele escolheu, para administrar a Sua Igreja, a fim de admoestar o rebanho: “Ora, vós sois o corpo de Cristo, e seus membros em particular. E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas” (1Co 12.27,28). 
         No Concílio de Jerusalém (Atos cap. 15), a caso de resolverem questões de judeus convertidos, que queriam impor a Lei aos cristãos, os líderes da igreja Cristã tiveram um papel fundamental, de maneira que — referente a essa Assembleia de Jerusalém — pela simples leitura de Atos 15.2,4-6,22,23, depreende-se que todos os apóstolos eram distinguidos dos demais líderes, porque foram postos como “fundamento” da Igreja de Cristo (Ef 2.20). Além de tudo, havia três apóstolos — Tiago (irmão do Senhor), Pedro e João —, que atuavam como líderes principais da Igreja Cristã, chamados pelo Apóstolo Paulo de “colunas” (Gl 2.9). Portanto, já naqueles dias, segundo o modelo deixado por Jesus, ninguém liderava a si mesmo, uma vez que havia hierarquia ministerial.
         Desde o Antigo Testamento o Senhor instituiu homens para liderar (cf. Nee 8.4-6; Jr 3.15). Prestemos atenção nisto: “E escolheu Moisés homens capazes, de todo o Israel, e os pôs por cabeças sobre o povo; maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais de cinquenta e maiorais de dez. E eles julgaram o povo em todo o tempo; o negócio árduo trouxeram a Moisés, e todo o negócio pequeno julgaram eles” (Ex 18.25,26).
       A hierarquia ministerial não é com a pretensão de um irmão ser melhor que o outro, mas para o Altíssimo manter a ordem! A Bíblia diz: “Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para a sua maneira de viver” (Hb 13.7).
     Embora a igreja orgânica mostre-se um movimento unificado, de pessoas “desigrejadas” que vivem unidas sem frequentarem a igreja organizacional; todavia, de fato não é um movimento unificado. Isso é corretíssimo! Não será exagero dizermos que lá é “cada um por si e Deus por todos”, pois não há uma liderança que os representará.
        Segundo o modelo do Novo Testamento, os pastores representam os fiéis e hão de dar conta do rebanho: “Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil” (Hb 13.17). O próprio Jesus que constitui homens para a liderança do Ministério: “E Ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus” (Ef 4.11-13). Jesus disse a Pedro que apascentassem as Suas ovelhas (Jo 21.17).
         Mas os desigrejados podem objetar: “não existem muitos falsos pastores”? Sim, e contra os tais Jesus também falou (cf. Mateus 7.15; At 20.29; Ez cap. 34), de sorte que dos tais as ovelhas fugirão e irão para o local onde se prega a verdade (1Tm 6.5; Rm 16.17,18), visto que as ovelhas conhecem a voz do verdadeiro pastor, que anda segundo a Palavra de Deus (Jo 10.4,5).
         A Bíblia fala-nos da unidade da fé (Ef 4.1-16), e isso a igreja orgânica não tem! Seguir ao Senhor Jesus presume-se em pertencer ao Seu rebanho. Conquanto tenhamos pastores (Ef 4.11; Hb 13.7; Jr 3.15), Ele é o Sumo Pastor (1Pd 5.4), “o grande Pastor das ovelhas” e “bispo das nossas almas” (Hb 13.20; 1Pd 2.25).
        A primeira igreja local foi iniciada por Jesus (Mc 3.13-19). O sistema de congregações ligadas a uma matriz (igreja-sede) já era instituído desde os dias apostólicos; por conta disso, ninguém mandava em si mesmo e fazia o que bem entendia, mas respeitava e adequava-se às decisões dos apóstolos e dos anciãos guiados pelo Espírito do Senhor (At 15.22,23). Além do quê, os apóstolos eram os responsáveis pela separação de obreiros para os ofícios do Santo Ministério, seja diácono, seja presbítero (bispo ou ancião), seja pastor (1Tm 4.14; At 14.23; 6.1-7; 20.28; 1Tm 5.22). A hierarquia ministerial é doutrina do Novo Testamento (1Co 12.28-31; Ef 4.8-11).
          A Igreja é um Organismo (todos os membros do Corpo de Cristo trabalham, uma vez que há lugar para todos os homens — 1Jo 2.2; 1Co 12.13-27), mas também é uma Organização, porque perante a lei ela é assim estabelecida; por conseguinte, devemos obedecer às autoridades superiores, desde que não vão contra os mandamentos do Todo-Poderoso Jesus Cristo (Rm 13.1-4; At 5.29).




c) Igreja Orgânica: A Comunidade ICHTUS (de Igreja Orgânica) salienta:

A ideia e visão de igreja:
As pessoas nas igrejas orgânicas não associam “igreja” a um edifício-templo. Elas não vão à igreja – elas, juntas, são a igreja. Isto não é apenas uma teologia. Os membros experimentam isto de fato.

Os locais de reuniões:
As reuniões ocorrem principalmente nos lares dos seus membros. Porém, onde estiverem dois ou três em nome de Jesus, ali é um local de reunião da igreja. Há também reuniões maiores com várias igrejas orgânicas juntas em outros locais maiores (sítios, auditórios etc.).

O que a Bíblia diz? Em agudo contraste a isso, essas reuniões em casas, sítios, cafeterias, chalés, varandas, parques, etc. — é o mesmo que pós-igrejismo, dado que é um movimento que desclassifica os templos.
      Sabemos que, no Novo Testamento, nós somos o Templo de Deus (1Co 3.16,17; At 7.47-50); contudo, isso é num sentimento natural — já que possui uma gama maior de funções e exercícios da fé genuína no crente, além da ótica humana —, cujo próprio Espírito reside dentro do ser humano e faz dele o Seu santuário de devoção, santidade, adoração, louvor, intercessão, testemunho, boas obras, etc. Nada tem a ver com a comunhão dos santos nas congregações.
        Sabemos, certamente, que a Igreja é um Organismo: o Corpo de Cristo na Terra (1Co 12.12-27); porém, entre os membros do Corpo, na mesma passagem, o Senhor institui líderes para cuidar deles, acompanhá-los, corrigi-los, etc. (1Co 12.28,29); deste jeito, há de ser mantida a ordem da Igreja do Senhor em todo o mundo.
        O erro crasso dos desigrejados é que eles não possuem discernimento e emaranham-se referente ao termo “igreja”. Existe a “Igreja Invisível” e a “igreja visível”. Os propagadores das igrejas orgânicas misturam alhos com bugalhos!
A Igreja Invisível é o conjunto de crentes salvos em todo o mundo (Mt 16.18; Gl 1.13), de todos os que são lavados e remidos pelo sangue do Cordeiro (Hb 12.22,23; Ap 22.14). Quer dizer, é a totalidade de salvos de todos os tempos (Ef 1.20-23).
        A igreja visível — assembleia ou congregação dos santos (Sl 89.5,7; Hb 2.12) — é o local onde os membros de uma igreja cristã reúnem-se, participam da comunhão, prestam cultos ao Senhor Jesus, obtêm desenvolvimento ministerial, etc.
        Os estudiosos listam em torno de 29 igrejas referidas em Atos e Apocalipse. Nesse ponto, são cidades que continham igrejas no Novo Testamento, as quais eram congregações locais com pastores — lideradas e acompanhadas. Só um exemplo: a Igreja que estava em Antioquia possuía pastores e doutores que estavam na direção do rebanho e, até mesmo, enviavam missionários, etc. (At 13.1,3). Eram igreja visíveis — “assembleia de santos” — que faziam parte da Igreja Invisível: o Corpo de Cristo. Vejamos:

1) Igreja em Jerusalém (At 1.4; 2.14; 4.5,16; 5.28; 6.7; 8.1);
2) Igreja na Judeia (At 1.8);
3) Igreja em Samaria (At 1.8; 8.5; 8.14,25);
4) Igreja em Gaza (At 8.26);
5) Igreja em Azoto (At 8.40);
6) Igreja em Cesareia (At 8.40);
7) Igreja em Damasco (At 9.2,10,19,20,27);
8) Igreja em Lídia e Sarona (At 9.32,35);
9) Igreja em Jope (At 9.42,43);
10) Igreja em Antioquia (At 13.1; 11.19,26);
11) Igreja em Chipre (At 13.4);
12) Igreja em Antioquia da Psídia (At 13.14);
13) Igreja em Icônio (At 14.1);
14) Igreja em Listra e Derbe (At 14.6);
15) Igreja na Síria e na Cilícia (At 15.41);
16) Igreja em Filipos (At 16.12);
17) Igreja em Tessalônica (At 17.1);
18) Igreja em Bereia (At 17.10,13);
19) Igreja em Atenas (At 17.15);
20) Igreja em Corinto (At 18.1);
21) Igreja na Macedônia e na Grécia (At 20.1,2);
22) Igreja na Ásia (At 20.4);
23) Igreja em Éfeso (Ap 2.1; At 18.19; 19.1);
24) Igreja em Esmirna (Ap 2.8);
25) Igreja em Pérgamo (Ap 2.12);
26) Igreja em Tiatira (Ap 2.18);
27) Igreja em Sardes (Ap 3.1);
28) Igreja em Filadélfia (Ap 3.7);
(29) Igreja em Laodiceia (Ap 3.14).

         A Escritura fala da comunhão dos santos (1Jo 1.7; At 2.42). Observemos isto: “À Igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados santos, com todos os que em todo o lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso” (1Co 1.2).
        Os primeiros cristãos se “reuniam” para participarem da Ceia do Senhor (At 20.7). Também se ajuntavam para darem ofertas; tais ofertas eram levadas para Jerusalém (1Co 16.1-4), onde estavam os apóstolos, os líderes e as “colunas da Igreja” — Tiago, Pedro e João (Gl 2.9; At 8.1; At 15.5,6). Em verdade, esses irmãos esperavam a chegada do Apóstolo Paulo, que representava os apóstolos e os anciãos de Jerusalém (1Co 16.3,4). Portanto, casas, chalés, chácaras, varandas, salas não são locais apropriados para isso!
     Na Igreja Primitiva, os crentes eram ensinados a não abandonar suas congregações: “Não abandonando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia” (Hb 10.25). Com certeza não havia lá os sem-igreja!
         Os primeiros cristãos não desprezavam o templo. Os apóstolos oravam no templo na hora “a nona”, isto é, às três horas da tarde, em referência ao horário da morte de Cristo Jesus, pela qual se consumou o plano de salvação (At 3.1 comp. Mc 15.33,37).
         Os crentes primitivos sabiam da importância da Casa de Deus, pois o próprio Jesus chamou-a de “Casa de Oração” (Lc 19.46). Além do mais, mantinham o respeito pelo templo, já que, antes de serem cristãos, professavam o Judaísmo; por conseguinte, era-lhes familiar estas passagens: “Porque vale mais um dia nos teus átrios do que em outra parte mil. Preferiria estar à porta da Casa do meu Deus, a habitar nas tendas da perversidade” (Sl 84:10); “Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do Senhor” (Sl 122.1); “O Senhor está no Seu Santo templo, o trono do Senhor está nos céus; os Seus olhos estão atentos” (Sl 11.4), etc.
        Quando o Senhor Jesus ascendeu aos Céus, em Sua glorificação (Lc 24.51), os apóstolos e os Seus seguidores foram para o templo aguardar a promessa do Espírito: “E, adorando-o eles, tornaram com grande júbilo para Jerusalém. E estavam sempre no templo, louvando e bendizendo a Deus” (Lc 24.52,53). Seguidamente, após receberem a Promessa do Pai — o Batismo no Espírito Santo (At 2.1-13), pregavam primeiramente no templo, e depois nas casas: “E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar, e de anunciar a Jesus Cristo” (At 5.42).
      Logo, nos dias dos apóstolos, a Igreja era local e organizada, com cultos (At 2.46,47), liturgias (1Co 14.6,26,40), ministérios (At 6.1-7; Tt 1.4-6; 1Pd 5.1), lideranças (At 13.1-3; Ef 4.11,12; Hb 13.7,17), coletas (1Co 16.1; Rm 15.26), contribuições (2Co 9.1-13; Hb 7.7,8; Lc 11.42), etc.



Conclusão

          Que importância tem a nossa comunhão com a Igreja local? Sermos desigrejados, devido a tantos escândalos, é a melhor opção? Conseguiremos viver a fé real dessa forma? As ovelhas — sozinhas — sem a guia, nem o amor, nem o cuidado, nem o cajado do pastor, conseguiremos viver espiritualmente bem, aquecidos pelo Espírito Santo? Responderemos essas perguntas com uma história.

          Um pastor estava preocupado com a ausência de um homem que normalmente vinha aos cultos. Depois de algumas semanas, ele decidiu visitá-lo. Quando o pastor chegou à casa deste homem, ele o encontrou sozinho, sentado diante de uma lareira. O pastor puxou uma cadeira e se sentou ao lado do homem. Mas depois de sua saudação inicial, ele não disse mais nada.
          Os ficaram sentados em silêncio por alguns minutos, enquanto o pastor olhava para as chamas na lareira. Então pegou as pinças e tomou cuidadosamente uma brasa acesa das chamas e a colocou de lado. Sentou-se de volta na sua cadeira, ainda em silêncio. O seu anfitrião observou em reflexão silenciosa como a brasa começou a tremular e se pagou. Pouco depois, estava fria e sem vida.
          O pastor olhou no seu relógio e disse que tinha de ir embora, mas, antes disso, pegou a brasa fria e a colocou de volta no fogo. Imediatamente, por causa do calor do carvão aceso ao seu redor, ela começou aquecer-se e luzir de novo.
          Quando o pastor se levantou para sair, o homem também se levantou e deu-lhe um aperto de mão. Então, com um sorriso no seu rosto, ele disse: “Obrigado pelo sermão, pastor. Eu vejo o senhor na Igreja, no domingo”.

         Em meio a tantos modismos inconsequentes, decerto “doutrinas várias e estranhas (Hb 13.9), guardemos a pureza na fé e no Evangelho (1Tm 3.9).
       Os sem-igreja — fatalmente — estão à deriva; por consequência, fora do trilho divino da Palavra de Deus. Estão inseridos num movimento herético erguido, no fim dos dias, para lograr (enganar com astúcia) os crentes, e arrancá-los da pureza doutrinária, da obediência, do compromisso, da reponsabilidade e da simplicidade do Evangelho. Veja 2Coríntios 11.3.
         Os desigrejados “são manchas em vossas festas de amor, banqueteando-se convosco, e apascentando-se a si mesmos sem temor; são nuvens sem água, levadas pelos ventos de uma para outra parte; são como árvores murchas, infrutíferas, duas vezes mortas, desarraigadas” (Jd v.12, grifo acrescentado).  
          Maranata — “Ora, vem, Senhor Jesus” (Ap 22.20)





Bibliografia

    SIQUEIRA, G. F. Desigrejados! — Por que tantos desaminam e desistem da fé em Cristo? Disponível em: <http://www.teologiapentecostal.com/2012/05/desigrejados-por-que-tantos-desaminam-e.html>. Acesso em: 24 jul. 2015.

 Vivendo Organicamente. Brasília (DF): Comunidade ICHTUS. Disponível em: <http://www.comunidadeicthus.com/igreja%20org%C3%A2nica/>. Acesso em 25 jul. 2015.

  O que é a Igreja Orgânica? — Significado de Igreja nos Lares ou nas Casas. Disponível em: <http://www.organicasimples.com.br/igreja-organica-simples/>. Acesso em 25 jul. 2015.

         ROPER, D. Sermão Silencioso. Disponível em: <http://euvoupraebd.blogspot.com/2015/06/dinamica-da-licao-13-igreja-e-o.html#ixzz3gous3Suk>. Acesso em: 24 jul. 2015.

    ZIBORDI, C. Uma Palavra sobre os DDS — Desigrejados, Desigrejados e Simpatizantes.  Disponível em: <http://cirozibordi.blogspot.com.br/2014/01/aos-dds-desigrejadores-desigrejados-e.html>. Acesso em: 25 jul. 2014.


sexta-feira, 6 de novembro de 2015

A Ligação do Natal com o Paganismo de Yule




Por Johny Mange


  
 Já sabemos, com base na história, e totalmente fundamentada, que a data que associaram ao nascimento do Senhor Jesus — 25 de dezembro — foi determinada em volta de 313, de nossa era, pelo imperador Constantino, que outrora era conhecida por um destes nomes: "Festa Mitraica" ou "Nascimento do Sol Invencível" (Natalis Solis Invicti), tendo ligação com outras festas pagãs celebradas no final de dezembro: "Brumália" e "Saturnália". Tal data teve seu estopim em Ninrode — bisneto do patriarca Noé (Gn 10.8,9) —, que teve filho com a sua própria mãe, Semíramis. Através desse ato incestuoso, sujo e nojento, nasceu Tamuz, o qual foi denominado como reencarnação de Ninrode, dando origem ao deus-sol. A crença e a festa de adoração ao deus-sol (cf. Ez 8.14-16), que se propagou sobre todo o mundo, fazia parte da lista das festas das culturas e civilizações pagãs. Ela apenas mudou de nome conforme cada cultura; vez por outra recebeu outras atribuições, contudo, o "mistério da mãe e da criança" estava presente e a criança era aclamada como o deus-sol; a exemplo:

·          Na Babilônia — Tamuz;
·          No Egito — Hórus;
·          Em Canaã — Baal;
·          Na Grécia — Eros;
·          Em Roma — Júpiter;
·          Na Pérsia — Mitra;
·         Entre os povos celtas — Odin.

           Os nomes do deus-sol mudavam de acordo com as culturas e povos; todavia, a festa seguia os rituais de inverno ou os do sol, conforme cada lugar, a serem comemoradas, com maior expressividade, nos últimos dias de dezembro.
           De fato, a data de 25 de dezembro não é referente ao estrito aniversário cronológico de Nosso Senhor Jesus, mas, sim, a substituição — a fim de consolidar o Cristianismo — das antigas festas pagãs, em que estes tributavam homenagens e oferendas às falsas divindades do Oriente. É uma cristianização de festas pagãs.
Outrossim, expressavam a amálgama das festividade, de acordo com os parâmetros de assimilação religiosa adotadas por Constantino. 
           Mas, além disso tudo, a comemoração do Natal também possui forte ligação com Yule.


2 – O Dia de Yule

           a) O que representa Yule. Yule era comemorado terminantemente pelo paganismo das bruxas, magos, feiticeiros e encantadores dos povos nórdicos (povos da Escandinávia: Noruega, Finlândia, Suécia, Suíça, etc.). Era o festival mais importante nos países nórdicos, pois comemorava o nascimento do menino, deus-sol, do útero da noite mais longa do ano por causa do solstício de inverno, no hemisfério norte. Ou seja, na noite mais escura e fria do ano, a deusa dá à luz a criança do Sol e os pagãos criam que as esperanças renasciam, já que o deus-sol traria calor e fertilidade à Terra. Yule celebrava o deus-cornígero (semelhante a animal que tem hastes,
tentáculos e antenas em forma de corno). Nesse dia, muitas tradições pagãs se despedem da deusa e dão boas-vindas ao deus-sol, que governará a metade clara do ano.
           Por meio do Yule, o Natal (da maneira que hoje é conhecido) passou a ser propagado nos quatros ventos da Terra. Até hoje, em algumas culturas, a expressão ―dia de Yule‖ ainda é utilizada como sinônima do Natal. Visto que o Yule acontecia na noite mais longa do ano, também era conhecido como o "Festival das Luzes", pelo fato de serem acesas várias velas nessa noite.
           Na antiga Roma, era chamado de "Festa Mitraica" ou Natalis Solis Invicti — "Nascimento do Sol Invicto" — e ocorria durante a Saturnália, festival que sucedia no solstício de inverno do hemisfério norte, isto é,
no tempo em que o sol se achava afastado da linha imaginária ao redor da Terra (equador), por volta de 17 a 24 de dezembro. Por consequência, dia 25 de dezembro, comemorava-se, portanto, o novo nascimento do Sol, pois acreditavam que ele havia ressurgido. Do dia 25 em diante, dizem os adoradores da Natureza, o Sol estaria "renascendo", daí as festividades nessa data, comemoradas até hoje pelos remanescentes druidas, pelos wiccas e outras seitas pagãs adoradoras da mãenatureza, que existem e crescem rapidamente, inclusive no Brasil.
           A ênfase do Yule está no recém-nascido deus-sol, já que a mãe-terra é honrada com a "Madona", italianismo que significa "minha senhora" — a mãe com filho no colo. Esse é o estopim da "mariolatria"
expressada pelo Catolicismo. De modo que, por intermédio dele, desvendou-se o mistério da madona e da criança nos dias atuais; por isso, vemos nas imagens das supostas aparições de Maria com o Menino Jesus nos braços, tal como a Senhora do Bom Parto, Senhora da Defesa, Senhora Auxiliadora, Senhora da Cabeça, Senhora dos Prazeres, Senhora Mãe Rainha, Senhora do Monte Serrat, Senhora da Abadia, Senhora da Lapa, Senhora de Nazaré, Senhora do Desterro, Senhora da Penha, Senhora da Luz, Senhora do Amparo, Senhora do
Bom Sucesso, Senhora do Carmo, Senhora das Candeias, etc. Tudo isso é herança do paganismo. Os costumes das nações — a madona e a criança — impetrou-se na Igreja Romana (Jr 10.2,3). Ainda chamam Maria de "rainha do céu" da mesma forma que Astarote era chamada pelos pagãos (Jr 7.18). A mariolatria é condenada pelas Escrituras (Lc 11.27,28; Jo 2.5). Só Deus deve ser adorado (Mt 4.10), uma vez que não divide a Sua glória com outro (Is 42.8). Jesus é o único medianeiro entre Deus e os homens (1Tm 2.5; Jo 14.6).
           No hemisfério norte, o Yule acontece entre o dia 22 e 23 de dezembro; logo, os festejos do Natal e a forma como é comemorado foram inspirados no Yule; também no Nascimento de Mitra (o Sol Invicto), na Brumália e na Saturnália — festas pagãs comemoradas nos últimos dias de dezembro.
           O Imperador Constantino — fiel e devoto seguidor do deus-sol Mitra — decretou, em 313 d.C., que o dia 25 de dezembro seria a data do nascimento de Jesus. Fez assim porque o aniversário do "Sol Invencível" — Mitra — era comemorado dia 25 de dezembro. Ao passo que a Enciclopédia Barsa atesta que a festa do Natal foi decretada oficialmente à Igreja pelo bispo romano Libério, no ano 354 d.C.; isto é, mais de 200 anos após a morte do último apóstolo, João.

           b) A ligação de Yule com o atual Natal. É impossível discutir as tradições de Yule sem mencionar o Natal. Quando o Catolicismo tentava se consolidar na Europa, absorveu várias práticas pagãs para que não
fosse tão ofensivo à fé e às crenças comuns dos europeus. Por isso, tanto a data quanto inúmeros costumes de Yule foram absorvidos pela Igreja de Roma e aplicados à festa do nascimento de Jesus, para que, assim, houvesse ligação com as outras crendices, tivesse fácil aceitação e disseminação entre a sociedade europeia.
           O Natal cristão já foi festejado em várias datas diferentes no decorrer dos séculos, mas se estabeleceu no dia 25 de dezembro, pois associou a si vários costumes e datas das antigas celebrações da "Festa Mitraica" ou "Nascimento do Sol Invencível", "Brumália" (25 de dezembro), Yule (22 e 23 de dezembro) e "Saturnália" do solstício de inverno, que ocorria em torno de 17 a 24 de dezembro, no hemisfério norte. Por conta disso, hoje em dia, há muitas práticas utilizados no Natal que possuem origens essencialmente pagãs.

           c) É certo tentar ligar o nascimento de Cristo com festas pagãs, a fim de tentar suprimi-las? A Bíblia responde! Ligar Yule, Saturnália, Brumália e o Nascimento do Sol Invencível com o nascimento do Cristo de Deus, foi um erro crasso! Não adianta o cristão se unir, desejar praticar rituais e possuir o mesmo modo de viver dos incrédulos para ganhá-los, visto que o Evangelho é ― "boa nova", ou seja, renúncia: E, chamando a si a multidão, com os seus discípulos, disselhes: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me. Porque qualquer que quiser salvar a sua vida perdê-la-á, mas, qualquer que perder a sua vida por amor de mim e do evangelho, esse a salvará (Mc 8.34,35). Aquele que quiser servir a Jesus tem de tornar-se uma nova criatura, lançando fora seus pecaminosos hábitos: Que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano, e vos renoveis no espírito do vosso sentido; e vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade (Ef 4.22-24). Não pode haver ligação da fé cristã com práticas pagãs (cf. 2Co 6.14-17; Jr 10.1-3). Além do mais, quem convence o homem do pecado, sem sombra de dúvida, é o Espírito Santo (Jo 16.8).


3 – Atividades de Yule transportadas ao Natal

a) A Árvore de Yule se transformou na Arvore de Natal
           As famílias traziam uma árvore verde para dentro de casa a fito de que os espíritos e fluídos da natureza tivessem um lugar confortável para permanecer durante o inverno frio, e dedicava-a à deusa-mãe. Tal árvore era decorada com velas, comidas, bolas coloridas, que — além de ser símbolos fálicos (ou falos), os quais definitivamente representavam a imagem do órgão genital masculino em ereção, como símbolo da fecundidade da natureza, e objeto de culto — representavam os símbolos do sol, da lua, das estrelas e das almas que já partiram, de sorte que são lembrados no final do ano. Na ponta da árvore, fixavam um pentagrama — símbolo da bruxaria.
           Fora de dúvida, a "árvore de Yule" é a mesma "árvore de Natal" que está nas casas, nos jardins, nas lojas, nos consultórios, nas praças, nos shoppings, nas escolas, nos púlpitos das igrejas, nos saguões, etc.; igualmente abarca todos os símbolos e atavios dedicados a Satanás, na bruxaria. Essa é a mesma "árvore de Yule", que, também, conforme outras culturas, retratava um ornamento ao deus-sol; ou seja, é oferenda a Baal; é oferenda a Tamuz; é oferenda a Hórus, é oferenda a Mitra; é oferenda a Júpiter; é oferenda a Eros; é oferenda a Odin...
           Portanto, a Palavra de Deus ordena a destruição do "ídolo do bosque", "ou poste-ídolo", quer dizer, das árvores que os pagãos cultuavam e davam oferendas: um nítido costume diabólico! (2Rs 23.7,15; Dt 12.2,3;
Dt 16.21,22; Jr 10.3). Mas os seus altares transtornareis, e as suas estátuas quebrareis, e os seus bosques cortareis (Ex 34.13).
           Quem serve ao Senhor Jesus, é intimado pelo Deus da Bíblia a arrancar esse ídolo maldito de seu lar, e ponto final.

b) Azevinho e guirlandas anunciavam a chegada de Yule
           Azevinho também é conhecido como "azevim, azevinheiro, picafolha, árvore sagrada e espinho-de-cristo", cujo possui folhas verdeescuras e bagas vermelhas. Junto com a guirlanda (coroa ornamental feita de flores, frutas e/ou ramagens entrelaçadas), na porta principal da casa, anunciavam a chegada do deus-sol, menino, na noite mais escura do ano. Do mesmo modo, atualmente, o azevinho e a guirlanda, pendurados nas portas principais e à vista de outras pessoas, anunciam a chegada do Natal. E o que representa o azevinho e a
guirlanda hoje? A mesma coisa do passado, pois nada mudou!
          Quem pendura nas portas o azevinho e a guirlanda, está dizendo que serve ao deus-sol, e o espera do mesmo modo que, em Yule, o aguardavam na noite mais escura do ano! É um costume pagão transportado para o outro! Em Deuteronômio 32.16 e 17 está escrito: "Com deuses estranhos o provocaram a zelos; com abominações o irritaram. Sacrifícios ofereceram aos demônios, não a Deus; aos deuses que não conheceram, novos deuses que vieram há pouco, aos quais não temeram vossos pais".

c) Os sinos de Yule
           Em Yule, tocavam-se sinos naquela noite a fim de homenagear as fadas. No Natal, à meia-noite, soam-se sinos para anunciar o "nascimento de Jesus".
           Copiar o "nascimento de Jesus" de festividade diabólica e conduzir os costumes pagãos para celebrá-lo é morrer em vida! A bastonada da Palavra de Deus é dada sobre os contumazes no pecado (insistentes em cometer um erro e obstinados nessa prática do mal): "Assim diz o Senhor: Não aprendais o caminho das nações [...] porque os costumes dos povos são vaidade" (Jr 10.2,3); "Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e eu vos receberei" (2Co 6.17).
           Não foram sinos que anunciaram o nascimento do Salvador, mas os anjos apregoaram-No nos Céus (Lc 2.10-15). Contudo é impossível pensar que os anjos, cujos são obedientes ao Senhor (Sl 103.20; Jd v.6; 1Pd 3.22) e santos (Mc 8.38; Ap 14,10; Lc 9.26), terão parte nessa pouca-vergonha! Antes, condenarão essa comemoração anticristã e pagã do Natal! Sinos que soam para convocar "fadas" — espíritos de adivinhação e de encantamentos (At 16.16; Lv 19.31), os quais o Deus da Bíblia chama de "demônios", não podem, nem de longe, ser associados ao nascimento do Senhor Jesus.
          Concernente a isso, a posição que o cristão deve tomar está em Josué 24.15: "Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao SENHOR, escolhei hoje a quem sirvais; se aos deuses a quem serviram vossos pais, que estavam além do rio, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao SENHOR".

d) Troca de presentes em Yule
           Cada qual trocando presentes entre si, que serviam de oferendas às divindades na noite mais escura do ano. Esse costume era normal suceder no solstício, tanto na Saturnália quanto no "Nascimento do Sol Invicto" (Natalis Invicti Solis), bem como em Yule. Esse costume transportou-se para o Natal, recebendo os nomes de "amigo-secreto" ou "amigo-oculto".
          A "Biblioteca Sacra", Volume XII, pp. 153-155, diz que relativamente à "troca de presentes entre amigos [...] os cristãos seguramente copiaram a troca de presentes dos pagãos". Posto que pareça uma comemoração familiar — ou entre amigos — inofensiva, trata-se de um costume ímpio de oferenda aos demônios; portanto,
inacessível aos cristãos que professam a fé no Deus da Bíblia, cujo é "o Deus grande, poderoso e terrível" (Dt 10.17).
          E acerca do "amigo-secreto" — esta troca de presentes: oferendas ao deus-sol, no Yule, na Saturnália, etc., o Altíssimo assevera: "Guarda-te, que não te enlaces seguindo-as, depois que forem destruídas diante de ti; e que não perguntes acerca dos seus deuses, dizendo: Assim como serviram estas nações os seus deuses, do mesmo modo também farei eu. Assim não farás ao SENHOR teu Deus; porque tudo o que é abominável ao SENHOR, e que ele odeia, fizeram eles a seus deuses; pois até seus filhos e suas filhas queimaram no fogo aos seus deuses" (Dt 12.30,31).

e) Cantatas de Yule
           Sobre os presentes e sobre a colheita, as cantatas de Yule eram realizadas com a comunidade ou com a família, como forma de proferir bênçãos durante o solstício, para que a colheita crescesse abundantemente, a rogar o socorro dos deuses. Além do mais, as cantatas de Yule homenageavam o nascimento do deus-sol, menino, nascido na calada da noite; por conseguinte, festejavam com cantos e euforia — os bruxos e feiticeiros nórdicos. Igualmente, em Roma, em 25 de dezembro, dia do nascimento do Sol Invencível, Mitra, realizava-se
rituais de culto a esse falso deus e eram cantados hinos em homenagens a ele. Também usavam-se sinos, velas, incenso e água benta.
           As cantatas de Yule e as cantatas de Mitra representam as mesmas cantatas que as igrejas realizam na atualidade. Sob a alegação de estarem louvando o nascimento de Jesus, pensam estar certos e vivenciar a mais pura visão do que Cristo almeja à Sua Igreja; todavia, decerto, andam de mãos dadas com o mundo e com o paganismo que foi inserido entre os cristãos. Estão retrocedendo. De maneira que recebem a reprovação do Senhor Jesus e a reprovação daquilo que fazem: Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do
mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro. Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da
justiça, do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado (2Pd 2.20,21).
           Consoante apresentado nesses estudos e de muitos outros servos de Deus pelo mundo afora — fracas vozes que clamam no deserto perante milhões de vozes altas e fortes, que, por todos os lados, disseminam enganos, e escondem propositalmente essa verdade (Is 40.3; Jo 1.23) — quem conhece a história suja, maldita e herética que foi o fator preponderante para a atual comemoração do Natal, jamais deixaria se contaminar por essa imundícia e engodo de Satanás: E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável,
perfeita vontade de Deus (Rm 12.2).
           Já foi mostrado o que existe por trás desse quadro cujo tem levado milhões de pessoas, há séculos, a adorar, honrar e glorificar (no dia 25 de dezembro) — mesmo que não intencionalmente —, a um ídolo pagão, e não a Jesus Cristo!
           Quem ensaia entusiasmadamente e "solta a voz" nas cantatas de Natal — além de estar enganado quanto à realidade dos fatos que originaram o Natal, ou propositalmente tapa o Sol com a peneira — ainda por cima, recebe a reprovação do Todo-Poderoso por tais cânticos, pois, na certa, o Santo dos santos não recebe essas cantatas: "Aborreço, desprezo as vossas festas, e as vossas assembléias solenes não me dão nenhum prazer. Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias dos teus instrumentos" (Am 5.21,23).
           Não é errado louvar o nascimento de Jesus; os Céus assim o fizeram (Lc 2.13,14). O problema é o dia em que supostamente querem louvar, já que durante todo o ano podem fazer. Além de originar-se no paganismo, na idolatria e na bruxaria, a ênfase maior do Natal não é o Senhor Jesus, mas o Papai Noel, Árvore de Natal, guirlanda, amigooculto, etc. E até mesmo, em muitas dessas cantatas, vestem-se de vermelho, com a presença de árvores, pisca-pisca, estrelas, Papai Noel, etc. Isso é Cristianismo? Não, mil vezes não! É associação com o
paganismo, a idolatria e a bruxaria! E o Deus do céu não se deixa escarnecer! (Gl 6.7). Devemos ser santos, isto é, consagrados tão somente para o Todo-Poderoso e nos separarmos das práticas dos povos contrários ao Santo de Israel (Lv 20.26).



4 – Os Alimentos do Natal

           a) O Panetone. "Panetone" — do italianismo panettone — é um bolo ou pão redondo e alto, típico da culinária italiana, feito de massa fermentada com ovos, leite, manteiga açúcar, frutas cristalizadas e passas. O tradicional bolo com frutas secas chegou ao Brasil com os imigrantes italianos, após a Segunda Guerra Mundial (1945). Uma das versões mais aceita do surgimento desse quitute (iguaria delicada, saborosa e bem-feita), conta que o padeiro italiano Tôni inventou uma receita de pão e resolveu apelidá-lo de "Pane di Tone" — pão de Tôni —, cuja aglutinação dá-se o famoso "panetone".
           Anterior à associação com a data, tal pão ou bolo já era típico da cozinha italiana, e não tencionava sua inserção na festividade do Natal; todavia, ainda assim, precisamos ter precaução. A Bíblia diz: Os filhos apanham a lenha, e os pais acendem o fogo, e as mulheres amassam a farinha, para fazerem bolos à rainha dos céus, e oferecem libações a outros deuses, para me provocarem à ira (Jr 7.18; 44.19). Em Yule havia um bolo de frutas como parte da comemoração, mas, como se sabe, não é o panetone, cujo não foi produzido para a festa do Natal. Embora sem ligação, englobaram-no no dia pagão do Natal.
           É digno de nota que a "rainha dos céus" era o nome dado a Astarote — mulher de Baal, na cultura cananita. É a mesma Semíramis, mãe e mulher de Ninrode (em Babel); no entanto, com outro nome entre os cananeus.

           b) Porco-selvagem assado e comido em Yule. Costumava-se, em Yule, matar um porco-selvagem e comê-lo com familiares e amigos. Dois textos nórdicos do século 13 d.C., falam sobre os costumes que envolvem a noite do solstício, no hemisfério norte:

“E eles sacrificavam um porco-selvagem ou sonarblót. Na véspera de Yule o porco-selvagem, sonarblót, era conduzido ao salão perante o rei; as pessoas então colocavam as mãos nos seus pelos e faziam votos” (Hervarar saga ok Heiðreks).

 “Naquela noite os grandes votos eram tomados; o porco-selvagem sagrado era trazido para dentro, os homens punham as suas mãos sobre ele, e faziam votos quando o rei brindava” (Helgakviða Hjörvarðssonar).

           O porco-selvagem de antigamente — sacrificado, assado e comido no dia de Yule — representa, nos dias de hoje, os mesmos perus, pernis, chesters, etc., assados e comidos no dia de Natal.

           c) Consumir os alimentos associados ao Natal, conforme uma perspectiva bíblica e cristã. Diante da história do paganismo infiltrado no Natal, podemos comer os alimentos atrelados a ele? Teria pecado nisso? E o panetone, o pernil, o chester, o frango e o peru? Hemos de comer? O que faremos?
           Pois bem, diferentemente das velas, da guirlanda, do azevinho, da árvore, do Papai Noel, do amigo-secreto, cujas exposições revelam adoração, aceitamento e prostração ao deus-sol; esses ornatos já
remeterão a isso, quer o histórico persa, quer o cananita, quer o babilônico, quer o grego, quer o romano, quer o saxão, quer o nórdico.
Logo, a Palavra de Deus salienta: "Não aprendais o caminho das nações [...] Porque os costumes dos povos são vaidade" (Jr 10.2,3); "Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada
imundo, e eu vos receberei" (2Co 6.17).
           Referente ao panetone, ao pernil, ao peru, ao frango, ao chester, já que são alimentos, e estes são criados pelo Senhor (cf. Sl 104.14,15; 1Tm 4.4,5), e não estão entre os alimentos condenados pelo Senhor quando consumidos nos outros dias (At 15.20,29; Ef 5.18); portanto, podem ser comidos fora do dia consagrado ao deus-sol — 25 de dezembro. Caso se coma no dia do Natal, há de ter estrita ligação com oferenda aos ídolos, com rituais pagãos da Brumália, da Saturnália, da Festa Mitraica, de Yule, e, consequentemente, com sacrifício a Satanás, personificado em Tamuz, Hórus, Baal, Odin, Éros, Júpiter, Mitra. Quanto a isso, esta é a opinião das Escrituras: Vede a Israel segundo a carne: os que comem os sacrifícios não são porventura participantes do altar? Mas que digo? Que o ídolo é alguma coisa? Ou que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa?Antes, digo que as coisas as quais os gentios sacrificam, sacrificam-nas aos demônios, e não a Deus. E não quero que sejais participantes com os demônios. Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios; não podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios (1Co 10.20,21).
           "Não é errado comê-los, pois ninguém come sacrificando aos rituais pagãos sobreditos" — alguém pode ponderar; isso é até aceitável.
Mas, o problema de tudo, é que uma vez descoberta a origem, a representação e a forma como foi imposta tal festividade à Igreja Cristã, o que também nos condenará a comer é a nossa consciência. Naquele momento a nossa mente não se voltará para a realidade dos fatos? Não será lembrado o histórico e a associação de tais alimentos às oferendas, as quais eram feitas nessa data? A consciência, uma vez aprendida a verdade, não nos acusará? Face ao exposto: "Porque, se alguém te vir a ti, que tens ciência, sentado à mesa do templo dos ídolos, não será a consciência do fraco induzida a comer das coisas sacrificadas aos ídolos?
E pela tua ciência perecerá o irmão fraco, pelo qual Cristo morreu. Ora, pecando assim contra os irmãos, e ferindo a sua fraca consciência, pecais contra Cristo. Pelo que, se o manjar escandalizar a meu irmão, nunca mais comerei carne, para que meu irmão se não escandalize" (1Co 8.10-13). Portanto, caso a mente acuse, fique com essa palavra de admoestação. 


Conclusão
           A passagem de Lucas 2.8 é de forte elucidação para provar que Cristo não nasceu em dezembro: "Havia naquela mesma comarca pastores que estavam no campo, e guardavam durante as vigílias da noite o seu rebanho". Em Israel, os últimos meses do ano era o inverno — tempo de fortes chuvas, ventos e frio. Veja Esdras 10.9 e 13. Ora, em se tratando dum inverno tão rigoroso assim, não há como pensar em pastores que guardavam suas ovelhas e cabras somente à noite; entretanto, o certo é que as guardariam o tempo todo — sob grandes pedras ou abrigos.
           Além do quê, César Augusto convocou um recenseamento nos dias do nascimento de Cristo (Lc 2.1-7). Logo, jamais o faria no inverno, pois a locomoção para o censo, por conta do inverno, chuvas e tempestades, seria impossível. Geralmente, esses recenseamentos eram feitos após as colheitas, quando não havia danos sérios à economia, o tempo era bom e as estradas estavam ainda secas, permitindo viagens mais fáceis.
           Igualmente, existem muitas mentiras, por causa do Natal, associadas ao nascimento do Senhor Jesus. Os presépios mostram três magos do Oriente oferecendo presentes ao Menino Jesus, na manjedoura. Entre os gregos, chamavam-se "magos" as pessoas sábias e estudiosas, que se dedicavam ao estudo das coisas celestiais, naturais e espirituais; por isso, os "magos", de Mateus 2.11, eram tão somente "sábios", e não têm a ver com o mesmo sentido da palavra "mago" à qual conhecemos — feiticeiros, encantadores, bruxos ou mágicos.
           Os magos presentearam a Jesus Cristo em casa e algum tempo (semanas ou meses) depois de Ele nascer, e não na manjedoura (cf. Mt 2.11,16). Ué! não eram três magos? Ué! não se chamavam Baltasar, Melchior e Gaspar (dois brancos e um negro, respectivamente)? Com efeito, há duas tradições sobre os magos, uma oriental, de doze sábios, e adotada pela Igreja Oriental, e outra de três. Quem fixou esse número, de três, foi Helena, mãe do imperador Constantino, no século IV. Os nomes decorrem de lendas narradas por 'Beda, o Venerável', em 735 d.C.

           Tudo isso não passa de lendas, interpolações e tradições antibíblicas: Porque, deixando o mandamento de Deus, retendes a tradição dos homens [...] Invalidando assim a Palavra de Deus pela vossa tradição, que vós ordenastes. E muitas coisas fazeis semelhantes a estas (Mc 7.8,13). Querer dizer que o amigo-oculto é sustentado pela passagem dos magos é camisa de força! Era costume oriental não se apresentar aos reis ou às pessoas importantes de mãos vazias. O amigo-secreto tem a ver com os costumes pagãos de troca de presentes
nos festivais do deus-sol, como vimos.
Em suma, haja vista que o Natal não é uma "simples reunião de família" como nos contestam os falsificadores da Palavra de Deus (2Co 2.17). A verdade é que os tais já venderam as suas almas a Satanás e não querem deixar o paganismo, pois ―nada é puro para os contaminados e infiéis: antes o seu entendimento e consciência estão contaminados‖ (Tt 1.15). Para os tais, este conselho: "Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus"
(2Co 7:1).
           Concernente ao Natal, é dito na própria Enciclopédia Católica, de 1911: "A festa do Natal não estava incluída entre as primeiras festividades da Igreja [...] Os primeiros indícios dela são provenientes do Egito [...] Os cultos pagãos relacionados com o princípio do ano se concentram na festa do Natal". A Enciclopédia Barsa, de 1998, ressalta que a data de 25 de dezembro, aplicada ao nascimento de Jesus, foi fixada "a fim de  cristianizar grandes festas pagãs realizadas neste dia".
           Famílias não são unidas por costumes enraizados no paganismo. Quem assim pensa é tolo, obtuso e cabeça-dura! As famílias precisam firmar-se na Palavra de Deus (Sl 128; Dt 6.4-9; Cl 3.18-24). Aquilo que
não é firmado nas Escrituras despencará (Mt 7.26,27). Doa a quem doer, este é o dever dos lares cristãos: "Mas rejeita as fábulas profanas e de velhas, e exercita-te a ti mesmo em piedade" (1Tm 4.7). 
           Famílias que comemoram a festa pagã do Natal, pagãs são também! ―Nenhum servo pode servir dois senhores; porque, ou há de aborrecer um e amar o outro, ou se há de chegar a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom" (Lc 16.13). 
           Dizer "Natal" é anticristão, antibíblico, mundanismo e pecaminoso, por três razões:
           1) "Natal" significa "nascimento", mas, como vimos acima, o Senhor Jesus não nasceu nessa data; tal data é aniversário do deus-sol e dia de festivais pagãs aos deuses, à natureza, ao sol, no solstício de inverno. No entanto, a Escritura enfatiza: "o que se desboca em mentiras é enganador [...] Maldito seja o enganador" (Pv 14.25; Ml 1.14);
           2) Essa data se originou em Constantino, em 313 d.C., que aniversariou "Jesus" na mesma data de seu ídolo: o Sol Invencível – deus Mitra, e foi oficializada pelo bispo Libério, em 354 d.C. Todavia, os apóstolos desconheciam essa data. A Bíblia ordena celebrar é a morte de Jesus (1Co 11.23-26). E mais: "Que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel?" (2Co 6.15); e 
           3) Se Jesus provadamente não nasceu nessa data, se tal dia é associado a um falso deus e a rituais demoníacos, como associá-lo ao Senhor Jesus Cristo? Não estaríamos mentindo? "Pelo que deixai a mentira, e falai a verdade cada um com o seu próximo; porque somos membros uns dos outros" (Ef 4:25). Por isso, a felicitação "feliz Natal" é danosa à nossa fé: "Em tudo te dá por exemplo de boas obras; na doutrina mostra incorrupção, gravidade, sinceridade, linguagem sã e irrepreensível, para que o Adversário se envergonhe, não tendo nenhum mal que dizer de nós" (Tt 2:8).




Bibliografia

MANGE, Johny. O Paganismo do Natal. Disponível em: <http://www.igrejadafeapostolica.com/#!o-paganismo-do-natal/cxl9>. Acesso em: 15 out. 2014.

MANGE, Johny. Estudo Sobre o Natal. Disponível em: <http://www.ipda.com.br/nova/natal/index.html>. Acesso em: 16 out. 2014.

SILVEIRA, Horácio. Santos Padres e Santos Podres — Existem ambos? Belo Horizonte: Dynamus, 2001, págs. 201-212.

FIGUEIREDO, Onézio. Cristologia. São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1988, pág. 30, adaptado

Enciclopédia Barsa. Volume 11. São Paulo, 1998, pág. 274ss.

AMARAL, Otto. Natal a 25 de dezembro: De onde veio essa data? Disponível em: <http://www.restaurarnt.org/natal.html>. Acesso em: 11 de dez. 2014.

Yule. Disponível em: <http://eusouex.wordpress.com/2011/06/15/yule/>. Acesso em: 20 out. 2014.

Yule (ou Natal) — O Nascimento da Criança da Promessa. Disponível em: <http://fabianavianna.wordpress.com/2011/12/21/origem-donatal-pagao-yule-ou-natal-o-nascimento-da-crianca-da->. Acesso em: 20 out. 2014.