Por Johny Mange
Já sabemos, com base na
história, e totalmente fundamentada, que a data que associaram ao
nascimento do Senhor Jesus — 25 de dezembro — foi determinada em volta de
313, de nossa era, pelo imperador Constantino, que outrora era conhecida
por um destes nomes: "Festa Mitraica" ou "Nascimento do Sol
Invencível" (Natalis Solis Invicti),
tendo ligação com outras festas pagãs celebradas no final de dezembro:
"Brumália" e "Saturnália". Tal data teve seu estopim
em Ninrode — bisneto do patriarca Noé (Gn 10.8,9) —, que teve filho com
a sua própria mãe, Semíramis. Através desse ato incestuoso, sujo
e nojento, nasceu Tamuz, o qual foi denominado como reencarnação
de Ninrode, dando origem ao deus-sol. A crença e a festa de adoração
ao deus-sol (cf. Ez 8.14-16), que se propagou sobre todo o mundo,
fazia parte da lista das festas das culturas e civilizações pagãs. Ela
apenas mudou de nome conforme cada cultura; vez por outra recebeu
outras atribuições, contudo, o "mistério da mãe e da criança"
estava presente e a criança era aclamada como o deus-sol; a exemplo:
·
Na Babilônia — Tamuz;
·
No Egito — Hórus;
·
Em Canaã — Baal;
·
Na Grécia — Eros;
·
Em Roma — Júpiter;
·
Na Pérsia — Mitra;
·
Entre os povos celtas — Odin.
Os
nomes do deus-sol mudavam de acordo com as culturas e povos;
todavia, a festa seguia os rituais de inverno ou os do sol, conforme cada
lugar, a serem comemoradas, com maior expressividade, nos últimos dias de
dezembro.
De
fato, a data de 25 de dezembro não é referente ao estrito aniversário
cronológico de Nosso Senhor Jesus, mas, sim, a substituição — a fim de
consolidar o Cristianismo — das antigas festas pagãs, em que estes
tributavam homenagens e oferendas às falsas divindades do Oriente. É uma
cristianização de festas pagãs.
Outrossim, expressavam a amálgama das
festividade, de acordo com os parâmetros de assimilação religiosa
adotadas por Constantino.
Mas,
além disso tudo, a comemoração do Natal também possui forte ligação
com Yule.
2 – O Dia de Yule
a) O que representa Yule. Yule era comemorado terminantemente pelo paganismo das bruxas, magos,
feiticeiros e encantadores dos povos nórdicos (povos da Escandinávia:
Noruega, Finlândia, Suécia, Suíça, etc.). Era o festival mais importante
nos países nórdicos, pois comemorava o nascimento do menino, deus-sol, do
útero da noite mais longa do ano por causa do solstício de inverno,
no hemisfério norte. Ou seja, na noite mais escura e fria do ano, a
deusa dá à luz a criança do Sol e os pagãos criam que as esperanças renasciam,
já que o deus-sol traria calor e fertilidade à Terra. Yule celebrava o
deus-cornígero (semelhante a animal que tem hastes,
tentáculos e antenas em forma de corno). Nesse
dia, muitas tradições pagãs se despedem da deusa e dão boas-vindas
ao deus-sol, que governará a metade clara do ano.
Por
meio do Yule, o Natal (da maneira que hoje é conhecido) passou a
ser propagado nos quatros ventos da Terra. Até hoje, em algumas culturas,
a expressão ―dia de Yule‖ ainda é utilizada como sinônima do Natal. Visto
que o Yule acontecia na noite mais longa do ano, também era conhecido como
o "Festival das Luzes", pelo fato de serem acesas várias velas
nessa noite.
Na
antiga Roma, era chamado de "Festa Mitraica" ou Natalis Solis Invicti — "Nascimento do Sol
Invicto" — e ocorria durante a Saturnália, festival que sucedia no
solstício de inverno do hemisfério norte, isto é,
no tempo em que o sol se achava afastado da
linha imaginária ao redor da Terra (equador), por volta de 17 a 24
de dezembro. Por consequência, dia 25 de dezembro, comemorava-se,
portanto, o novo nascimento do Sol, pois acreditavam que ele havia
ressurgido. Do dia 25 em diante, dizem os adoradores da Natureza, o Sol
estaria "renascendo", daí as festividades nessa data, comemoradas
até hoje pelos remanescentes druidas, pelos wiccas e outras seitas pagãs
adoradoras da mãenatureza, que existem e crescem rapidamente, inclusive no
Brasil.
A
ênfase do Yule está no recém-nascido deus-sol, já que a mãe-terra é honrada com a "Madona", italianismo que
significa "minha senhora" — a
mãe com filho no colo. Esse é o estopim da "mariolatria"
expressada pelo Catolicismo. De
modo que, por intermédio dele, desvendou-se o mistério da madona e
da criança nos dias atuais; por isso, vemos nas imagens das supostas
aparições de Maria com o Menino Jesus nos braços, tal como a Senhora do
Bom Parto, Senhora da Defesa, Senhora Auxiliadora, Senhora da Cabeça,
Senhora dos Prazeres, Senhora Mãe Rainha, Senhora do Monte Serrat, Senhora
da Abadia, Senhora da Lapa, Senhora de Nazaré, Senhora do
Desterro, Senhora da Penha, Senhora da Luz, Senhora do Amparo, Senhora do
Bom Sucesso, Senhora do Carmo, Senhora das
Candeias, etc. Tudo isso é
herança do paganismo. Os costumes das nações — a madona e a criança — impetrou-se na Igreja Romana (Jr 10.2,3). Ainda
chamam Maria de "rainha do
céu" da mesma forma que Astarote era chamada pelos pagãos (Jr 7.18). A mariolatria é condenada pelas
Escrituras (Lc 11.27,28; Jo 2.5). Só
Deus deve ser adorado (Mt 4.10), uma vez que não divide a Sua glória com outro
(Is 42.8). Jesus é o único medianeiro entre
Deus e os homens (1Tm 2.5; Jo 14.6).
No
hemisfério norte, o Yule acontece entre o dia 22 e 23 de dezembro; logo, os festejos do Natal e a forma como é
comemorado foram inspirados no Yule;
também no Nascimento de Mitra (o Sol Invicto),
na Brumália e na Saturnália — festas pagãs comemoradas nos últimos dias de dezembro.
O
Imperador Constantino — fiel e devoto seguidor do deus-sol Mitra — decretou, em 313 d.C., que o dia 25 de dezembro
seria a data do nascimento de Jesus. Fez
assim porque o aniversário do "Sol Invencível"
— Mitra — era comemorado dia 25 de dezembro. Ao passo que a Enciclopédia Barsa atesta que a festa do Natal foi
decretada oficialmente à Igreja pelo
bispo romano Libério, no ano 354 d.C.; isto é, mais de 200 anos após a morte do último apóstolo, João.
b) A ligação de Yule com o atual Natal. É impossível discutir as tradições de Yule sem mencionar o Natal. Quando o
Catolicismo tentava se consolidar na
Europa, absorveu várias práticas pagãs para que não
fosse tão ofensivo à fé e às crenças comuns
dos europeus. Por isso, tanto a
data quanto inúmeros costumes de Yule foram absorvidos pela Igreja de Roma e aplicados à festa do nascimento de Jesus,
para que, assim, houvesse ligação com as
outras crendices, tivesse fácil aceitação e
disseminação entre a sociedade europeia.
O
Natal cristão já foi festejado em várias datas diferentes no decorrer dos séculos, mas se estabeleceu no dia 25 de
dezembro, pois associou a si vários
costumes e datas das antigas celebrações da "Festa Mitraica" ou "Nascimento do Sol
Invencível", "Brumália" (25 de dezembro), Yule (22 e 23 de dezembro) e
"Saturnália" do solstício de inverno,
que ocorria em torno de 17 a 24 de dezembro, no hemisfério norte. Por conta disso, hoje em dia, há muitas práticas
utilizados no Natal que possuem origens
essencialmente pagãs.
c) É certo tentar ligar o nascimento de Cristo com
festas pagãs, a fim de tentar suprimi-las? A Bíblia responde! Ligar Yule, Saturnália, Brumália e o Nascimento do Sol Invencível com
o nascimento do Cristo de Deus, foi um
erro crasso! Não adianta o cristão se unir,
desejar praticar rituais e possuir o mesmo modo de viver dos incrédulos para ganhá-los, visto que o Evangelho é ―
"boa nova", ou seja, renúncia: E, chamando a si a multidão, com os seus
discípulos, disselhes: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome
a sua cruz, e siga-me. Porque qualquer
que quiser salvar a sua vida perdê-la-á, mas,
qualquer que perder a sua vida por amor de mim e do evangelho, esse a salvará (Mc 8.34,35). Aquele que quiser
servir a Jesus tem de tornar-se uma nova
criatura, lançando fora seus pecaminosos hábitos: Que, quanto ao trato passado,
vos despojeis do velho homem, que se corrompe
pelas concupiscências do engano, e vos renoveis no espírito do vosso sentido; e vos revistais do novo homem, que segundo
Deus é criado em verdadeira justiça e santidade (Ef 4.22-24). Não pode haver
ligação da fé cristã com práticas pagãs
(cf. 2Co 6.14-17; Jr 10.1-3). Além do mais, quem convence o homem do pecado,
sem sombra de dúvida, é o Espírito Santo
(Jo 16.8).
3 – Atividades de Yule transportadas ao
Natal
a) A Árvore de Yule se
transformou na Arvore de Natal
As
famílias traziam uma árvore verde para dentro de casa a fito de que os
espíritos e fluídos da natureza tivessem um lugar confortável para
permanecer durante o inverno frio, e dedicava-a à deusa-mãe. Tal árvore era decorada com velas, comidas, bolas coloridas,
que — além de ser símbolos fálicos (ou
falos), os quais definitivamente representavam a imagem do órgão genital masculino em ereção, como símbolo
da fecundidade da natureza, e objeto de
culto — representavam os símbolos do
sol, da lua, das estrelas e das almas que já partiram, de sorte que são lembrados no final do ano. Na ponta da
árvore, fixavam um pentagrama — símbolo
da bruxaria.
Fora
de dúvida, a "árvore de Yule" é a mesma "árvore de Natal" que está nas casas, nos jardins, nas lojas, nos
consultórios, nas praças, nos shoppings,
nas escolas, nos púlpitos das igrejas, nos saguões, etc.; igualmente abarca todos os símbolos e atavios dedicados a
Satanás, na bruxaria. Essa é a mesma
"árvore de Yule", que, também, conforme outras culturas, retratava um ornamento ao deus-sol; ou
seja, é oferenda a Baal; é oferenda a
Tamuz; é oferenda a Hórus, é oferenda a Mitra;
é oferenda a Júpiter; é oferenda a Eros; é oferenda a Odin...
Portanto, a Palavra de Deus ordena a destruição do "ídolo do
bosque", "ou
poste-ídolo", quer dizer, das árvores que os pagãos cultuavam e davam oferendas: um nítido costume diabólico! (2Rs
23.7,15; Dt 12.2,3;
Dt 16.21,22; Jr 10.3). Mas os seus altares transtornareis, e as suas estátuas quebrareis, e os seus
bosques cortareis (Ex 34.13).
Quem
serve ao Senhor Jesus, é intimado pelo Deus da Bíblia a arrancar esse ídolo maldito de seu lar, e ponto final.
b) Azevinho e guirlandas
anunciavam a chegada de Yule
Azevinho também é conhecido como "azevim, azevinheiro, picafolha, árvore sagrada e espinho-de-cristo", cujo possui
folhas verdeescuras e bagas vermelhas.
Junto com a guirlanda (coroa ornamental feita
de flores, frutas e/ou ramagens entrelaçadas), na porta principal da casa, anunciavam a chegada do deus-sol, menino, na
noite mais escura do ano. Do mesmo modo,
atualmente, o azevinho e a guirlanda, pendurados
nas portas principais e à vista de outras pessoas, anunciam a chegada do Natal. E o que representa o azevinho
e a
guirlanda hoje? A mesma coisa do passado, pois
nada mudou!
Quem
pendura nas portas o azevinho e a guirlanda, está dizendo que serve ao deus-sol, e o espera do mesmo modo que, em
Yule, o aguardavam na noite mais escura
do ano! É um costume pagão transportado
para o outro! Em Deuteronômio 32.16 e 17 está escrito: "Com deuses estranhos o provocaram a zelos; com
abominações o irritaram. Sacrifícios
ofereceram aos demônios, não a Deus; aos deuses que não conheceram, novos
deuses que vieram há pouco, aos quais não temeram
vossos pais".
c) Os sinos de Yule
Em
Yule, tocavam-se sinos naquela noite a fim de homenagear as fadas. No Natal, à meia-noite, soam-se sinos para anunciar
o "nascimento de Jesus".
Copiar o "nascimento de Jesus" de festividade diabólica e conduzir os costumes pagãos para celebrá-lo é morrer em
vida! A bastonada da Palavra de Deus é
dada sobre os contumazes no pecado (insistentes
em cometer um erro e obstinados nessa prática do mal): "Assim diz o Senhor: Não aprendais o caminho das nações
[...] porque os costumes dos povos são
vaidade" (Jr 10.2,3); "Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada
imundo, e eu vos receberei" (2Co
6.17).
Não
foram sinos que anunciaram o nascimento do Salvador, mas os anjos apregoaram-No nos Céus (Lc 2.10-15). Contudo é
impossível pensar que os anjos, cujos
são obedientes ao Senhor (Sl 103.20; Jd v.6; 1Pd 3.22) e santos (Mc 8.38; Ap 14,10; Lc 9.26), terão
parte nessa pouca-vergonha! Antes,
condenarão essa comemoração anticristã e pagã
do Natal! Sinos que soam para convocar "fadas" — espíritos de adivinhação e de encantamentos (At 16.16; Lv 19.31), os
quais o Deus da Bíblia chama de
"demônios", não podem, nem de longe, ser associados ao nascimento do Senhor Jesus.
Concernente
a isso, a posição que o cristão deve tomar está em Josué 24.15: "Porém, se vos parece mal aos vossos
olhos servir ao SENHOR, escolhei hoje a
quem sirvais; se aos deuses a quem serviram vossos
pais, que estavam além do rio, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao
SENHOR".
d) Troca de presentes em Yule
Cada
qual trocando presentes entre si, que serviam de oferendas às divindades na noite mais escura do ano. Esse costume
era normal suceder no solstício, tanto
na Saturnália quanto no "Nascimento do Sol Invicto" (Natalis
Invicti Solis), bem como em Yule. Esse costume transportou-se para o Natal, recebendo os nomes de
"amigo-secreto" ou "amigo-oculto".
A
"Biblioteca Sacra", Volume XII, pp. 153-155, diz que relativamente à "troca de presentes entre amigos
[...] os cristãos seguramente copiaram a
troca de presentes dos pagãos". Posto que pareça uma comemoração familiar — ou entre amigos —
inofensiva, trata-se de um costume ímpio
de oferenda aos demônios; portanto,
inacessível aos cristãos que professam a fé no
Deus da Bíblia, cujo é "o Deus
grande, poderoso e terrível" (Dt 10.17).
E acerca do
"amigo-secreto" — esta troca de presentes: oferendas ao deus-sol, no Yule, na Saturnália, etc., o Altíssimo
assevera: "Guarda-te, que não te
enlaces seguindo-as, depois que forem destruídas diante de ti; e que não perguntes acerca dos seus deuses,
dizendo: Assim como serviram estas
nações os seus deuses, do mesmo modo também farei eu. Assim não farás ao SENHOR
teu Deus; porque tudo o que é abominável
ao SENHOR, e que ele odeia, fizeram eles a seus deuses; pois até seus filhos e suas filhas queimaram no fogo aos
seus deuses" (Dt 12.30,31).
e) Cantatas de Yule
Sobre
os presentes e sobre a colheita, as cantatas de Yule eram realizadas com a comunidade ou com a família, como forma de
proferir bênçãos durante o solstício,
para que a colheita crescesse abundantemente,
a rogar o socorro dos deuses. Além do mais, as cantatas de Yule homenageavam o nascimento do deus-sol,
menino, nascido na calada da noite; por
conseguinte, festejavam com cantos e euforia
— os bruxos e feiticeiros nórdicos. Igualmente, em Roma, em 25 de dezembro, dia do nascimento do Sol Invencível, Mitra,
realizava-se
rituais de culto a esse falso deus e eram
cantados hinos em homenagens a
ele. Também usavam-se sinos, velas, incenso e água benta.
As
cantatas de Yule e as cantatas de Mitra representam as mesmas cantatas que as igrejas realizam na atualidade. Sob
a alegação de estarem louvando o
nascimento de Jesus, pensam estar certos e vivenciar
a mais pura visão do que Cristo almeja à Sua Igreja; todavia, decerto, andam de mãos dadas com o mundo e com o paganismo
que foi inserido entre os cristãos.
Estão retrocedendo. De maneira que recebem
a reprovação do Senhor Jesus e a reprovação daquilo que fazem: Porquanto se, depois de terem
escapado das corrupções do
mundo, pelo conhecimento do
Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o
último estado pior do que o primeiro.
Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da
justiça, do que, conhecendo-o,
desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado (2Pd 2.20,21).
Consoante apresentado nesses estudos e de muitos outros servos de Deus pelo mundo afora — fracas vozes que clamam no
deserto perante milhões de vozes altas e
fortes, que, por todos os lados, disseminam
enganos, e escondem propositalmente essa verdade (Is 40.3; Jo 1.23) — quem conhece a história suja, maldita e
herética que foi o fator preponderante
para a atual comemoração do Natal, jamais deixaria
se contaminar por essa imundícia e engodo de Satanás: E não vos conformeis com este mundo,
mas transformai-vos pela renovação do vosso
entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável,
perfeita vontade de Deus (Rm 12.2).
Já
foi mostrado o que existe por trás desse quadro cujo tem levado milhões de pessoas, há séculos, a adorar, honrar e
glorificar (no dia 25 de dezembro) —
mesmo que não intencionalmente —, a um ídolo pagão, e não a Jesus Cristo!
Quem ensaia
entusiasmadamente e "solta a voz" nas cantatas de Natal — além de estar enganado quanto à realidade dos
fatos que originaram o Natal, ou
propositalmente tapa o Sol com a peneira — ainda
por cima, recebe a reprovação do Todo-Poderoso por tais cânticos, pois, na certa, o Santo dos santos não recebe essas
cantatas: "Aborreço, desprezo as vossas festas, e as vossas assembléias
solenes não me dão nenhum prazer. Afasta
de mim o estrépito dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias dos teus instrumentos" (Am
5.21,23).
Não é
errado louvar o nascimento de Jesus; os Céus assim o fizeram (Lc 2.13,14). O problema é o dia em que
supostamente querem louvar, já que
durante todo o ano podem fazer. Além de originar-se no paganismo, na idolatria e na bruxaria, a ênfase maior do
Natal não é o Senhor Jesus, mas o Papai
Noel, Árvore de Natal, guirlanda, amigooculto, etc. E até mesmo, em muitas dessas cantatas, vestem-se de vermelho, com a presença de árvores, pisca-pisca,
estrelas, Papai Noel, etc. Isso é Cristianismo?
Não, mil vezes não! É associação com o
paganismo, a idolatria e a bruxaria! E o Deus
do céu não se deixa escarnecer!
(Gl 6.7). Devemos ser santos, isto é, consagrados tão somente para o Todo-Poderoso e nos separarmos das práticas
dos povos contrários ao Santo de Israel
(Lv 20.26).
4 – Os Alimentos do Natal
a) O Panetone. "Panetone" — do
italianismo panettone — é um bolo ou pão
redondo e alto, típico da culinária italiana, feito de massa fermentada com ovos, leite, manteiga açúcar, frutas
cristalizadas e passas. O tradicional
bolo com frutas secas chegou ao Brasil com os imigrantes italianos, após a Segunda Guerra Mundial
(1945). Uma das versões mais aceita do
surgimento desse quitute (iguaria delicada, saborosa
e bem-feita), conta que o padeiro italiano Tôni inventou uma receita de pão e resolveu apelidá-lo de "Pane di
Tone" — pão de Tôni —, cuja
aglutinação dá-se o famoso "panetone".
Anterior à associação com
a data, tal pão ou bolo já era típico da cozinha
italiana, e não tencionava sua inserção na festividade do Natal; todavia, ainda assim, precisamos ter precaução. A Bíblia
diz: Os filhos apanham a lenha, e os pais
acendem o fogo, e as mulheres amassam a farinha,
para fazerem bolos à rainha dos céus, e oferecem libações a outros deuses, para me
provocarem à ira (Jr 7.18; 44.19). Em Yule havia um bolo de frutas como parte da comemoração, mas, como se
sabe, não é o panetone, cujo não foi
produzido para a festa do Natal. Embora sem ligação,
englobaram-no no dia pagão do Natal.
É digno de nota que a
"rainha dos céus" era o nome dado a Astarote — mulher de Baal, na cultura cananita. É a mesma Semíramis, mãe e mulher de Ninrode (em Babel); no entanto,
com outro nome entre os cananeus.
b) Porco-selvagem assado e comido em Yule. Costumava-se, em Yule,
matar um porco-selvagem e comê-lo com familiares e amigos. Dois textos
nórdicos do século 13 d.C., falam sobre os costumes que envolvem a noite
do solstício, no hemisfério norte:
“E eles sacrificavam um porco-selvagem ou sonarblót. Na
véspera de Yule o porco-selvagem, sonarblót, era conduzido ao salão
perante o rei; as pessoas então colocavam as mãos nos seus pelos e faziam
votos” (Hervarar saga ok Heiðreks).
“Naquela noite os grandes votos eram tomados;
o porco-selvagem sagrado era trazido para dentro, os homens punham as
suas mãos sobre ele, e faziam votos quando o rei brindava”
(Helgakviða Hjörvarðssonar).
O
porco-selvagem de antigamente — sacrificado, assado e comido no dia de Yule — representa, nos dias de hoje, os mesmos
perus, pernis, chesters, etc., assados e
comidos no dia de Natal.
c) Consumir os alimentos associados ao Natal, conforme
uma perspectiva bíblica e
cristã. Diante da história do paganismo
infiltrado no Natal, podemos comer os
alimentos atrelados a ele? Teria pecado nisso?
E o panetone, o pernil, o chester, o frango e o peru? Hemos de comer? O que faremos?
Pois bem, diferentemente
das velas, da guirlanda, do azevinho, da árvore,
do Papai Noel, do amigo-secreto, cujas exposições revelam adoração, aceitamento e prostração ao deus-sol; esses
ornatos já
remeterão a isso, quer o histórico persa, quer o cananita, quer o babilônico, quer o grego, quer o romano, quer o saxão,
quer o nórdico.
Logo, a Palavra de Deus salienta: "Não aprendais o caminho
das nações [...] Porque os costumes dos
povos são vaidade" (Jr 10.2,3); "Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não
toqueis nada
imundo, e eu vos receberei" (2Co 6.17).
Referente ao panetone, ao
pernil, ao peru, ao frango, ao chester, já
que são alimentos, e estes são criados pelo Senhor (cf. Sl 104.14,15; 1Tm 4.4,5), e não estão entre os alimentos condenados pelo
Senhor quando consumidos nos outros dias
(At 15.20,29; Ef 5.18); portanto, podem
ser comidos fora do dia consagrado ao deus-sol — 25 de dezembro. Caso se coma no dia do Natal, há de ter
estrita ligação com oferenda aos ídolos,
com rituais pagãos da Brumália, da Saturnália,
da Festa Mitraica, de Yule, e, consequentemente, com sacrifício a Satanás, personificado em Tamuz, Hórus, Baal,
Odin, Éros, Júpiter, Mitra. Quanto a
isso, esta é a opinião das Escrituras: Vede a Israel segundo a carne: os que
comem os sacrifícios não são porventura participantes
do altar? Mas que digo? Que o ídolo é alguma coisa? Ou que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa?Antes, digo que as
coisas as quais os gentios sacrificam, sacrificam-nas
aos demônios, e não a Deus. E não quero
que sejais participantes com os demônios. Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios; não podeis ser
participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios (1Co 10.20,21).
"Não é errado
comê-los, pois ninguém come sacrificando aos rituais pagãos sobreditos" — alguém pode ponderar;
isso é até aceitável.
Mas, o problema de tudo, é que uma vez descoberta a origem, a representação e a forma como foi imposta tal festividade à
Igreja Cristã, o que também nos
condenará a comer é a nossa consciência. Naquele momento a nossa mente não se voltará para a realidade dos
fatos? Não será lembrado o histórico e a
associação de tais alimentos às oferendas, as
quais eram feitas nessa data? A consciência, uma vez aprendida a verdade, não nos acusará? Face ao exposto: "Porque, se alguém te vir a ti, que tens ciência, sentado à
mesa do templo dos ídolos, não será a consciência
do fraco induzida a comer das coisas sacrificadas aos ídolos?
E pela tua ciência perecerá o irmão fraco,
pelo qual Cristo morreu. Ora, pecando
assim contra os irmãos, e ferindo a sua fraca consciência, pecais contra Cristo. Pelo que, se o manjar escandalizar a
meu irmão, nunca mais comerei carne, para que meu irmão se não escandalize" (1Co 8.10-13). Portanto, caso a mente acuse, fique com essa
palavra de admoestação.
Conclusão
A
passagem de Lucas 2.8 é de forte elucidação para provar que Cristo não nasceu em dezembro: "Havia naquela mesma
comarca pastores que estavam no campo, e
guardavam durante as vigílias da noite o
seu rebanho". Em Israel, os últimos meses do ano era o inverno — tempo de fortes chuvas, ventos e frio. Veja Esdras 10.9
e 13. Ora, em se tratando dum inverno
tão rigoroso assim, não há como pensar em pastores
que guardavam suas ovelhas e cabras somente à noite; entretanto, o certo é que as guardariam o tempo todo — sob
grandes pedras ou abrigos.
Além
do quê, César Augusto convocou um recenseamento nos dias do nascimento de Cristo (Lc 2.1-7). Logo, jamais o
faria no inverno, pois a locomoção para
o censo, por conta do inverno, chuvas e tempestades,
seria impossível. Geralmente, esses recenseamentos eram feitos após as colheitas, quando não havia danos sérios à
economia, o tempo era bom e as estradas
estavam ainda secas, permitindo viagens mais
fáceis.
Igualmente, existem muitas mentiras, por causa do Natal, associadas ao nascimento do Senhor Jesus. Os presépios
mostram três magos do Oriente oferecendo
presentes ao Menino Jesus, na manjedoura.
Entre os gregos, chamavam-se "magos" as pessoas sábias e estudiosas, que se dedicavam ao estudo das coisas
celestiais, naturais e espirituais; por
isso, os "magos", de Mateus 2.11, eram tão somente "sábios", e não têm a ver com o mesmo sentido da
palavra "mago" à qual
conhecemos — feiticeiros, encantadores, bruxos ou mágicos.
Os
magos presentearam a Jesus Cristo em casa e algum tempo (semanas ou meses) depois de Ele nascer, e não na
manjedoura (cf. Mt 2.11,16). Ué! não
eram três magos? Ué! não se chamavam Baltasar, Melchior e Gaspar (dois brancos e um negro,
respectivamente)? Com efeito, há duas
tradições sobre os magos, uma oriental, de doze sábios, e adotada pela Igreja Oriental, e outra de três. Quem
fixou esse número, de três, foi Helena,
mãe do imperador Constantino, no século IV. Os nomes decorrem de lendas narradas por 'Beda, o Venerável',
em 735 d.C.
Tudo
isso não passa de lendas, interpolações e tradições antibíblicas: Porque, deixando o mandamento de Deus, retendes
a tradição
dos homens [...] Invalidando assim a Palavra de Deus pela vossa tradição, que vós
ordenastes. E muitas coisas fazeis semelhantes a estas (Mc 7.8,13). Querer dizer que o
amigo-oculto é sustentado pela passagem
dos magos é camisa de força! Era costume oriental não se apresentar aos reis ou às pessoas importantes de mãos
vazias. O amigo-secreto tem a ver com os
costumes pagãos de troca de presentes
nos festivais do deus-sol, como vimos.
Em suma, haja vista que o Natal não é uma
"simples reunião de família"
como nos contestam os falsificadores da Palavra de Deus (2Co 2.17). A verdade é que os tais já venderam as suas almas a
Satanás e não querem deixar o paganismo,
pois ―nada é puro para os contaminados e
infiéis: antes o seu entendimento e consciência estão contaminados‖ (Tt 1.15). Para os tais, este conselho:
"Ora, amados, pois que temos tais
promessas, purifiquemo-nos de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor
de Deus"
(2Co 7:1).
Concernente ao Natal, é dito na própria Enciclopédia Católica, de 1911: "A festa do Natal não estava incluída entre as
primeiras festividades da Igreja [...]
Os primeiros indícios dela são provenientes do Egito [...] Os cultos pagãos relacionados com o princípio
do ano se concentram na festa do
Natal". A Enciclopédia Barsa, de 1998, ressalta que a data de 25 de dezembro, aplicada ao nascimento de
Jesus, foi fixada "a fim de
cristianizar grandes festas pagãs realizadas neste dia".
Famílias não são unidas por costumes enraizados no paganismo. Quem assim pensa é tolo, obtuso e cabeça-dura! As famílias
precisam firmar-se na Palavra de Deus
(Sl 128; Dt 6.4-9; Cl 3.18-24). Aquilo que
não é firmado nas Escrituras despencará (Mt 7.26,27).
Doa a quem doer, este é o dever
dos lares cristãos: "Mas rejeita as fábulas profanas e de velhas, e exercita-te a ti mesmo em piedade" (1Tm
4.7).
Famílias que comemoram a
festa pagã do Natal, pagãs são também!
―Nenhum servo pode servir dois senhores; porque, ou há de aborrecer um e amar o outro, ou se há de chegar a um e
desprezar o outro. Não podeis servir a
Deus e a Mamom" (Lc 16.13).
Dizer "Natal" é
anticristão, antibíblico, mundanismo e pecaminoso,
por três razões:
1)
"Natal" significa "nascimento", mas, como vimos acima, o Senhor Jesus não nasceu nessa data; tal data é aniversário
do deus-sol e dia de festivais pagãs aos
deuses, à natureza, ao sol, no solstício de inverno.
No entanto, a Escritura enfatiza: "o que se desboca em mentiras é enganador [...] Maldito seja o enganador"
(Pv 14.25; Ml 1.14);
2) Essa data se originou
em Constantino, em 313 d.C., que aniversariou
"Jesus" na mesma data de seu ídolo: o Sol Invencível – deus Mitra, e foi oficializada pelo bispo Libério, em 354
d.C. Todavia, os apóstolos desconheciam
essa data. A Bíblia ordena celebrar é a morte de Jesus (1Co 11.23-26). E mais: "Que concórdia há
entre Cristo e Belial? Ou que parte tem
o fiel com o infiel?" (2Co 6.15); e
3) Se Jesus provadamente
não nasceu nessa data, se tal dia é associado
a um falso deus e a rituais demoníacos, como associá-lo ao Senhor Jesus Cristo? Não estaríamos mentindo? "Pelo
que deixai a mentira, e falai a verdade
cada um com o seu próximo; porque somos membros
uns dos outros" (Ef 4:25). Por isso, a felicitação "feliz Natal"
é danosa à nossa fé: "Em tudo te dá
por exemplo de boas obras; na doutrina
mostra incorrupção, gravidade, sinceridade, linguagem sã e irrepreensível, para que o Adversário se envergonhe, não
tendo nenhum mal que dizer de nós"
(Tt 2:8).
Bibliografia
MANGE, Johny. O Paganismo do Natal. Disponível em: <http://www.igrejadafeapostolica.com/#!o-paganismo-do-natal/cxl9>. Acesso
em: 15 out. 2014.
MANGE, Johny. Estudo Sobre o Natal. Disponível em: <http://www.ipda.com.br/nova/natal/index.html>.
Acesso em: 16 out. 2014.
SILVEIRA, Horácio. Santos Padres e Santos Podres — Existem ambos? Belo
Horizonte: Dynamus, 2001, págs. 201-212.
FIGUEIREDO, Onézio. Cristologia. São Paulo: Casa Editora Presbiteriana,
1988, pág. 30, adaptado
Enciclopédia Barsa. Volume 11. São Paulo, 1998,
pág. 274ss.
AMARAL, Otto. Natal a 25 de dezembro: De onde veio essa data? Disponível em:
<http://www.restaurarnt.org/natal.html>. Acesso em: 11 de dez. 2014.
Yule. Disponível em: <http://eusouex.wordpress.com/2011/06/15/yule/>.
Acesso em: 20 out. 2014.
Yule (ou Natal) — O Nascimento
da Criança da Promessa. Disponível em:
<http://fabianavianna.wordpress.com/2011/12/21/origem-donatal-pagao-yule-ou-natal-o-nascimento-da-crianca-da->. Acesso
em: 20 out. 2014.
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