Por Johny Mange
Introdução
Introdução
É crescente o
número dos “sem-igreja”, que deturpam a passagem-chave de Hebreus 10.25: “Não
abandonando a nossa congregação, como é costume de alguns”. O que antigamente
chamávamos, segundo a Palavra de Deus, de “desviados” (cf. Tg 5.19) ou
“ex-cristãos” — tal como Demas, cujo era cooperador e companheiro do Apóstolo
quando preso em Roma; porém, desviou-se a amar o presente século (Fm v.24; 2Tm
4.10) — agora chamamos de “desigrejados”.
Essas pessoas
ainda consideram que vivem a fé em Cristo, de modo que podem dar-se ao luxo de
desprezarem o ato de congregar no templo. Os desigrejados defendem que a fé
cristã pode ser exercida fora da comunhão eclesiástica. É uma espécie de
individualismo radical, manifesto como a “comunhão sou eu” ou “eu tenho em
comum comigo mesmo”.
Cansaram-se da
igreja institucional e organizada, de maneira que sentem ojeriza pelas tais.
Nutrem esse sentimento de repulsa pelas seguintes razões:
* o
surgimento de novas denominações evangélicas;
* os
escândalos de líderes e de igrejas;
* a
banalização do ministério pastoral (que, para muitos, passou a ser tido como
“profissão”, e não vocação);
* a
secularização, o intelectualismo, a falta de renovação espiritual e o evangelho
frio das denominações históricas;
* o
esfriamento das igrejas tradicionais;
* o abuso na
demonstração de “poder” — por meio de correntes, sacrifícios, propósitos e
objetos de fé — à disposição por valores exorbitantes, dos tais “apóstolos”
neopentecostais;
* a
abundância de métodos para crescimento de igrejas;
* a procura
de diplomas teológicos reconhecidos pelo estado;
* a variedade de
cursos teológicos cujos estudantes, no término, já recebem a unção de pastor —
e saem abrindo novas denominações.
O certo é que se
nos tornarmos desigrejados, porque somente vemos imperfeições nas instituições;
consequentemente, havemos de ser uma dessas coisas: 1) idealistas, já que não
possuímos firmeza na Rocha, a ignorar as próprias imperfeições ou 2) aqueles
que usam isso como desculpa para justificar o abandono da fé com ares de
heroísmo e zelo pela suposta “verdade” — que, de forma alguma, se baseia nas Escrituras.
1 – Os desigrejados e a “igreja
orgânica”
“Igreja orgânica” é um
termo utilizado para opor-se à igreja institucional, que possui liturgia e
templos. Chama-se “orgânica” porque os defensores dessa linha de interpretação
— de fato, um “vento de doutrina” (Ef 4.14) —subentendem que não podem estar
congregados num templo, sob as ordens duma instituição e dum líder, mas todos
que fazem parte da igreja — como “organismo vivo” — trabalham em prol do Reino
de Deus.
Logo, posto
que não congreguem em nenhuma igreja — daí o porquê do vulgo “desigrejados” —
alegam fazer parte da “Igreja Orgânica”, que se reúne em lares, chalés,
varandas, salas ou cafeterias. Quer num lugar quer noutro, reúnem-se seus
correligionários para juntos adorarem a Deus — sem um pastor ou representante
legal a fim de doutrinar e conduzir o rebanho.
A Comunidade ICTHUS —
“peixe”, em grego —, que se reúne como Igreja Orgânica, no artigo “Vivendo
Organicamente”, ressalta:
A forma de uma igreja orgânica
expressa a própria vida da igreja — tal como a forma do corpo humano expressa a
vida do homem. As igrejas orgânicas não surgem a partir de estatutos, cargos
e/ou de clérigos. Surgem de relacionamentos entre pessoas que amam a Jesus
Cristo
Havemos de
ver que essa não é a forma correta nem o modelo bíblico deixado por Jesus — o
eterno fundador da Igreja. Sendo assim, “ninguém pode pôr outro fundamento além
do que já está posto — o qual é Jesus Cristo” (1Co 3.11).
2 – Os erros das ditas igrejas
orgânicas
a) Igreja Orgânica: No ambiente em que todos
estão buscando e adorando, nada é organizado e costumeiro — tal como nas
igrejas organizadas —, mas tudo é espontâneo e novo.
No site “Igreja Orgânica Simples” —
no estudo “O que é a Igreja Orgânica? Significado de Igreja nos Lares ou nas
Casas” —, é dito: “[a igreja orgânica] é sentida (experimentada) e não se
resume só a pregações ou ensinamentos teóricos da bíblia”.
O que a Bíblia diz? Em nítido contraste a
isso, embora o Santo Consolador dirija os servos de Deus quando se reúnem (Jo
14.26), a Bíblia apresenta o modelo bíblico para os cultos: “Que fareis pois,
irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo (hinos), tem doutrina (exposição
da Palavra), tem revelação, tem língua, tem interpretação (dons do Espírito).
Faça-se tudo para edificação” (1Co 14.26). Por que isto? Deus não é “Deus de
confusão, mas de paz, na igreja dos santos” (1Co 14.33) e “faça-se tudo com
decência e ordem”, 1Co 14.40.
b) Igreja Orgânica: Não há líderes,
entretanto, cada um é seu próprio líder; ou seja, “todos” trabalham como
sacerdotes no Corpo de Cristo, sem ter um líder humano em geral. Jesus é Sua
liderança.
O site “Igreja Orgânica Simples”, no estudo supracitado, assevera:
O modelo de igreja evangélica
hoje usa o mesmo modelo que o católico, mudando apenas a ênfase (foco) da
palavra para protestante, pois os evangélicos nasceram da igreja católica; É
institucional, parecido com o de empresa, onde tem hierarquia, pastores chefes,
poucos decidem pelo resto, etc., e até usam técnicas de empresas para realizar
seu marketing e expansão. [...] São os irmãos que cuidam uns dos outros
(1º Ts 5:14) e não o pastor, pois é praticando que de fato uma pessoa aprende a
lição e isso leva a maturidade cristã.
O que a Bíblia diz? Em visível contraste a isso, ainda que,
ante a Bíblia, na Graça, todos sejam sacerdotes (isto é, têm acesso direto a
Deus, por Cristo — Ap 1.5,6; 1Pd 2.9), o Senhor Jesus colocou homens, que Ele
escolheu, para administrar a Sua Igreja, a fim de admoestar o rebanho: “Ora,
vós sois o corpo de Cristo, e seus membros em particular. E a uns pôs Deus na
igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro
doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades
de línguas” (1Co 12.27,28).
No Concílio
de Jerusalém (Atos cap. 15), a caso de resolverem questões de judeus
convertidos, que queriam impor a Lei aos cristãos, os líderes da igreja Cristã
tiveram um papel fundamental, de maneira que — referente a essa Assembleia de
Jerusalém — pela simples leitura de Atos 15.2,4-6,22,23, depreende-se que todos
os apóstolos eram distinguidos dos demais líderes, porque foram postos como
“fundamento” da Igreja de Cristo (Ef 2.20). Além de tudo, havia três apóstolos
— Tiago (irmão do Senhor), Pedro e João —, que atuavam como líderes principais
da Igreja Cristã, chamados pelo Apóstolo Paulo de “colunas” (Gl 2.9). Portanto,
já naqueles dias, segundo o modelo deixado por Jesus, ninguém liderava a si
mesmo, uma vez que havia hierarquia ministerial.
Desde o
Antigo Testamento o Senhor instituiu homens para liderar (cf. Nee 8.4-6; Jr
3.15). Prestemos atenção nisto: “E escolheu Moisés homens capazes, de todo o
Israel, e os pôs por cabeças sobre o povo; maiorais de mil, maiorais de cem,
maiorais de cinquenta e maiorais de dez. E eles julgaram o povo em todo o
tempo; o negócio árduo trouxeram a Moisés, e todo o negócio pequeno julgaram
eles” (Ex 18.25,26).
A hierarquia
ministerial não é com a pretensão de um irmão ser melhor que o outro, mas para
o Altíssimo manter a ordem! A Bíblia diz: “Lembrai-vos dos vossos pastores, que
vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para a sua
maneira de viver” (Hb 13.7).
Embora a igreja orgânica
mostre-se um movimento unificado, de pessoas “desigrejadas” que vivem unidas
sem frequentarem a igreja organizacional; todavia, de fato não é um movimento
unificado. Isso é corretíssimo! Não será exagero dizermos que lá é “cada um por
si e Deus por todos”, pois não há uma liderança que os representará.
Segundo o modelo
do Novo Testamento, os pastores representam os fiéis e hão de dar conta do
rebanho: “Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por
vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com
alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil” (Hb 13.17). O próprio
Jesus que constitui homens para a liderança do Ministério: “E Ele mesmo deu uns
para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros
para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do
ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à
unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus” (Ef 4.11-13). Jesus disse a
Pedro que apascentassem as Suas ovelhas (Jo 21.17).
Mas os
desigrejados podem objetar: “não existem muitos falsos pastores”? Sim, e contra
os tais Jesus também falou (cf. Mateus 7.15; At 20.29; Ez cap. 34), de sorte
que dos tais as ovelhas fugirão e irão para o local onde se prega a verdade
(1Tm 6.5; Rm 16.17,18), visto que as ovelhas conhecem a voz do verdadeiro
pastor, que anda segundo a Palavra de Deus (Jo 10.4,5).
A Bíblia
fala-nos da unidade da fé (Ef 4.1-16), e isso a igreja orgânica não tem! Seguir
ao Senhor Jesus presume-se em pertencer ao Seu rebanho. Conquanto tenhamos
pastores (Ef 4.11; Hb 13.7; Jr 3.15), Ele é o Sumo Pastor (1Pd 5.4), “o grande
Pastor das ovelhas” e “bispo das nossas almas” (Hb 13.20; 1Pd 2.25).
A primeira igreja
local foi iniciada por Jesus (Mc 3.13-19). O sistema de congregações ligadas a
uma matriz (igreja-sede) já era instituído desde os dias apostólicos; por conta
disso, ninguém mandava em si mesmo e fazia o que bem entendia, mas respeitava e
adequava-se às decisões dos apóstolos e dos anciãos guiados pelo Espírito do
Senhor (At 15.22,23). Além do quê, os apóstolos eram os responsáveis pela
separação de obreiros para os ofícios do Santo Ministério, seja diácono, seja
presbítero (bispo ou ancião), seja pastor (1Tm 4.14; At 14.23; 6.1-7; 20.28;
1Tm 5.22). A hierarquia ministerial é doutrina do Novo Testamento (1Co
12.28-31; Ef 4.8-11).
A Igreja é
um Organismo (todos os membros do Corpo de Cristo trabalham, uma vez que há
lugar para todos os homens — 1Jo 2.2; 1Co 12.13-27), mas também é uma
Organização, porque perante a lei ela é assim estabelecida; por conseguinte,
devemos obedecer às autoridades superiores, desde que não vão contra os
mandamentos do Todo-Poderoso Jesus Cristo (Rm 13.1-4; At 5.29).
c) Igreja Orgânica: A Comunidade ICHTUS (de
Igreja Orgânica) salienta:
A ideia e visão de igreja:
As pessoas nas igrejas orgânicas não associam “igreja” a um
edifício-templo. Elas não vão à igreja – elas, juntas, são a igreja. Isto não é
apenas uma teologia. Os membros experimentam isto de fato.
Os locais de reuniões:
As reuniões ocorrem principalmente nos lares dos seus membros.
Porém, onde estiverem dois ou três em nome de Jesus, ali é um local de reunião
da igreja. Há também reuniões maiores com várias igrejas orgânicas juntas em
outros locais maiores (sítios, auditórios etc.).
O que a Bíblia diz? Em agudo contraste a
isso, essas reuniões em casas, sítios, cafeterias, chalés, varandas, parques,
etc. — é o mesmo que pós-igrejismo, dado que é um movimento que desclassifica
os templos.
Sabemos que, no Novo
Testamento, nós somos o Templo de Deus (1Co 3.16,17; At 7.47-50); contudo, isso
é num sentimento natural — já que possui uma gama maior de funções e exercícios
da fé genuína no crente, além da ótica humana —, cujo próprio Espírito reside
dentro do ser humano e faz dele o Seu santuário de devoção, santidade,
adoração, louvor, intercessão, testemunho, boas obras, etc. Nada tem a ver com
a comunhão dos santos nas congregações.
Sabemos,
certamente, que a Igreja é um Organismo: o Corpo de Cristo na Terra (1Co
12.12-27); porém, entre os membros do Corpo, na mesma passagem, o Senhor
institui líderes para cuidar deles, acompanhá-los, corrigi-los, etc. (1Co
12.28,29); deste jeito, há de ser mantida a ordem da Igreja do Senhor em todo o
mundo.
O erro crasso dos
desigrejados é que eles não possuem discernimento e emaranham-se referente ao
termo “igreja”. Existe a “Igreja Invisível” e a “igreja visível”. Os
propagadores das igrejas orgânicas misturam alhos com bugalhos!
A Igreja Invisível é o conjunto de crentes
salvos em todo o mundo (Mt 16.18; Gl 1.13), de todos os que são lavados e
remidos pelo sangue do Cordeiro (Hb 12.22,23; Ap 22.14). Quer dizer, é a
totalidade de salvos de todos os tempos (Ef 1.20-23).
A igreja visível —
assembleia ou congregação dos santos (Sl 89.5,7; Hb 2.12) — é o local onde os
membros de uma igreja cristã reúnem-se, participam da comunhão, prestam cultos
ao Senhor Jesus, obtêm desenvolvimento ministerial, etc.
Os estudiosos
listam em torno de 29 igrejas referidas em Atos e Apocalipse. Nesse ponto, são
cidades que continham igrejas no Novo Testamento, as quais eram congregações
locais com pastores — lideradas e acompanhadas. Só um exemplo: a Igreja que
estava em Antioquia possuía pastores e doutores que estavam na direção do
rebanho e, até mesmo, enviavam missionários, etc. (At 13.1,3). Eram igreja
visíveis — “assembleia de santos” — que faziam parte da Igreja Invisível: o
Corpo de Cristo. Vejamos:
1) Igreja em Jerusalém (At 1.4; 2.14; 4.5,16;
5.28; 6.7; 8.1);
2) Igreja na Judeia (At 1.8);
3) Igreja em Samaria (At 1.8; 8.5; 8.14,25);
4) Igreja em Gaza (At 8.26);
5) Igreja em Azoto (At 8.40);
6) Igreja em Cesareia (At 8.40);
7) Igreja em Damasco (At 9.2,10,19,20,27);
8) Igreja em Lídia e Sarona (At 9.32,35);
9) Igreja em Jope (At 9.42,43);
10) Igreja em Antioquia (At 13.1; 11.19,26);
11) Igreja em Chipre (At 13.4);
12) Igreja em Antioquia da Psídia (At 13.14);
13) Igreja em Icônio (At 14.1);
14) Igreja em Listra e Derbe (At 14.6);
15) Igreja na Síria e na Cilícia (At 15.41);
16) Igreja em Filipos (At 16.12);
17) Igreja em Tessalônica (At 17.1);
18) Igreja em Bereia (At 17.10,13);
19) Igreja em Atenas (At 17.15);
20) Igreja em Corinto (At 18.1);
21) Igreja na Macedônia e na Grécia (At
20.1,2);
22) Igreja na Ásia (At 20.4);
23) Igreja em Éfeso (Ap 2.1; At 18.19; 19.1);
24) Igreja em Esmirna (Ap 2.8);
25) Igreja em Pérgamo (Ap 2.12);
26) Igreja em Tiatira (Ap 2.18);
27) Igreja em Sardes (Ap 3.1);
28) Igreja em Filadélfia (Ap 3.7);
(29) Igreja em Laodiceia (Ap 3.14).
A Escritura
fala da comunhão dos santos (1Jo 1.7; At 2.42). Observemos isto: “À Igreja de
Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados santos,
com todos os que em todo o lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo,
Senhor deles e nosso” (1Co 1.2).
Os primeiros
cristãos se “reuniam” para participarem da Ceia do Senhor (At 20.7). Também se
ajuntavam para darem ofertas; tais ofertas eram levadas para Jerusalém (1Co
16.1-4), onde estavam os apóstolos, os líderes e as “colunas da Igreja” —
Tiago, Pedro e João (Gl 2.9; At 8.1; At 15.5,6). Em verdade, esses irmãos
esperavam a chegada do Apóstolo Paulo, que representava os apóstolos e os
anciãos de Jerusalém (1Co 16.3,4). Portanto, casas, chalés, chácaras, varandas,
salas não são locais apropriados para isso!
Na Igreja Primitiva, os
crentes eram ensinados a não abandonar suas congregações: “Não abandonando a
nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos
outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia” (Hb
10.25). Com certeza não havia lá os sem-igreja!
Os primeiros
cristãos não desprezavam o templo. Os apóstolos oravam no templo na hora “a
nona”, isto é, às três horas da tarde, em referência ao horário da morte de
Cristo Jesus, pela qual se consumou o plano de salvação (At 3.1 comp. Mc
15.33,37).
Os crentes
primitivos sabiam da importância da Casa de Deus, pois o próprio Jesus chamou-a
de “Casa de Oração” (Lc 19.46). Além do mais, mantinham o respeito pelo templo,
já que, antes de serem cristãos, professavam o Judaísmo; por conseguinte,
era-lhes familiar estas passagens: “Porque vale mais um dia nos teus átrios do
que em outra parte mil. Preferiria estar à porta da Casa do meu Deus, a habitar
nas tendas da perversidade” (Sl 84:10); “Alegrei-me quando me disseram: Vamos à
Casa do Senhor” (Sl 122.1); “O Senhor está no Seu Santo templo, o trono do
Senhor está nos céus; os Seus olhos estão atentos” (Sl 11.4), etc.
Quando o Senhor
Jesus ascendeu aos Céus, em Sua glorificação (Lc 24.51), os apóstolos e os Seus
seguidores foram para o templo aguardar a promessa do Espírito: “E, adorando-o
eles, tornaram com grande júbilo para Jerusalém. E estavam sempre no templo,
louvando e bendizendo a Deus” (Lc 24.52,53). Seguidamente, após receberem a
Promessa do Pai — o Batismo no Espírito Santo (At 2.1-13), pregavam
primeiramente no templo, e depois nas casas: “E todos os dias, no templo e nas
casas, não cessavam de ensinar, e de anunciar a Jesus Cristo” (At 5.42).
Logo, nos dias dos
apóstolos, a Igreja era local e organizada, com cultos (At 2.46,47), liturgias
(1Co 14.6,26,40), ministérios (At 6.1-7; Tt 1.4-6; 1Pd 5.1), lideranças (At
13.1-3; Ef 4.11,12; Hb 13.7,17), coletas (1Co 16.1; Rm 15.26), contribuições
(2Co 9.1-13; Hb 7.7,8; Lc 11.42), etc.
Conclusão
Que
importância tem a nossa comunhão com a Igreja local? Sermos desigrejados,
devido a tantos escândalos, é a melhor opção? Conseguiremos viver a fé real
dessa forma? As ovelhas — sozinhas — sem a guia, nem o amor, nem o cuidado, nem
o cajado do pastor, conseguiremos viver espiritualmente bem, aquecidos pelo
Espírito Santo? Responderemos essas perguntas com uma história.
Um pastor estava preocupado com
a ausência de um homem que normalmente vinha aos cultos. Depois de algumas
semanas, ele decidiu visitá-lo. Quando o pastor chegou à casa deste homem, ele
o encontrou sozinho, sentado diante de uma lareira. O pastor puxou uma cadeira
e se sentou ao lado do homem. Mas depois de sua saudação inicial, ele não disse
mais nada.
Os ficaram sentados em silêncio
por alguns minutos, enquanto o pastor olhava para as chamas na lareira. Então
pegou as pinças e tomou cuidadosamente uma brasa acesa das chamas e a colocou
de lado. Sentou-se de volta na sua cadeira, ainda em silêncio. O seu anfitrião
observou em reflexão silenciosa como a brasa começou a tremular e se pagou.
Pouco depois, estava fria e sem vida.
O pastor olhou no seu relógio e
disse que tinha de ir embora, mas, antes disso, pegou a brasa fria e a colocou de
volta no fogo. Imediatamente, por causa do calor do carvão aceso ao seu redor,
ela começou aquecer-se e luzir de novo.
Quando o pastor se levantou
para sair, o homem também se levantou e deu-lhe um aperto de mão. Então, com um
sorriso no seu rosto, ele disse: “Obrigado pelo sermão, pastor. Eu vejo o
senhor na Igreja, no domingo”.
Em meio a
tantos modismos inconsequentes, decerto “doutrinas várias e estranhas (Hb
13.9), guardemos a pureza na fé e no Evangelho (1Tm 3.9).
Os sem-igreja —
fatalmente — estão à deriva; por consequência, fora do trilho divino da Palavra
de Deus. Estão inseridos num movimento herético erguido, no fim dos dias, para
lograr (enganar com astúcia) os crentes, e arrancá-los da pureza doutrinária,
da obediência, do compromisso, da reponsabilidade e da simplicidade do
Evangelho. Veja 2Coríntios 11.3.
Os
desigrejados “são manchas em vossas festas de amor, banqueteando-se convosco, e apascentando-se a si mesmos sem temor; são nuvens sem água, levadas
pelos ventos de uma para outra parte; são como árvores murchas, infrutíferas,
duas vezes mortas, desarraigadas” (Jd v.12, grifo acrescentado).
Maranata —
“Ora, vem, Senhor Jesus” (Ap 22.20)
Bibliografia
SIQUEIRA, G. F. Desigrejados! — Por que tantos
desaminam e desistem da fé em Cristo? Disponível em:
<http://www.teologiapentecostal.com/2012/05/desigrejados-por-que-tantos-desaminam-e.html>.
Acesso em: 24 jul. 2015.
Vivendo
Organicamente. Brasília (DF): Comunidade ICHTUS. Disponível
em: <http://www.comunidadeicthus.com/igreja%20org%C3%A2nica/>. Acesso em
25 jul. 2015.
O que é a Igreja Orgânica? — Significado de Igreja
nos Lares ou nas Casas. Disponível em:
<http://www.organicasimples.com.br/igreja-organica-simples/>. Acesso em
25 jul. 2015.
ROPER, D. Sermão Silencioso. Disponível em:
<http://euvoupraebd.blogspot.com/2015/06/dinamica-da-licao-13-igreja-e-o.html#ixzz3gous3Suk>.
Acesso em: 24 jul. 2015.
ZIBORDI, C. Uma Palavra sobre os DDS —
Desigrejados, Desigrejados e Simpatizantes. Disponível em:
<http://cirozibordi.blogspot.com.br/2014/01/aos-dds-desigrejadores-desigrejados-e.html>.
Acesso em: 25 jul. 2014.
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